Em 4 de agosto de 1999, Paul McCartney lançou o álbum “Run Devil Run”. Primeiro disco após o falecimento de sua esposa, Linda, trazia o Beatle reinterpretando canções que marcaram sua formação musical, além de três faixas inéditas – que seguiam o estilo dos covers, totalmente embebidas no rock and roll dos anos 1950.
Para o disco, o músico reuniu uma banda de feras. Os nomes mais conhecidos eram o guitarrista David Gilmour (Pink Floyd) e o baterista Ian Paice (Deep Purple).
O segundo citado contou à revista Rhythm (via Louder) como se deu o convite. E confessou que, até então, não conhecia Macca pessoalmente.
“George Harrison e eu éramos grandes amigos – ele morava a apenas alguns quilômetros na estrada da minha casa. Nossos filhos cresceram juntos. Cheguei a conhecer Ringo, mas nunca McCartney. Então recebi a ligação: ‘você gostaria de nos encontrar no Abbey Road?’ O que você diz em uma situação dessas? Fui na segunda de manhã sabendo muito bem que se falhasse não estaria lá na terça. E a coisa toda aconteceu em cinco dias, como os Beatles faziam no início – das 10h às 17h30, parando uma hora para o almoço.”
Ian Paice encantado com o baixista
Sobre a experiência, Paice aproveitou para exaltar um lado que nem todo mundo percebe em Paul: sua musicalidade como baixista.
“Todo mundo pensa nele como um cantor/compositor, mas cara, que baixista! Não é que ele toque muito, mas o que toca está exatamente no lugar certo. Você ouve todos os discos dos Beatles – ele e Ringo, é ótimo. Isso não é sorte, é talento dado por Deus. É muito fácil trabalhar com alguém assim.”
Paul McCartney e “Run Devil Run”
“Run Devil Run” chegou ao 12º lugar no Reino Unido, onde faturou disco de ouro. O lançamento foi comemorado com um show no lendário Cavern Club, em Liverpool.
Os músicos do álbum participaram do evento, que foi um dos primeiros a ter transmissão mundial via internet. Posteriormente, ganhou lançamento oficial em vídeo.
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