Após a morte do guitarrista Gary Rossington, ocorrida recentemente, o Lynyrd Skynyrd segue na estrada sem qualquer membro de sua formação original ou da clássica, que gravou os álbuns dos anos 1970. Sim, o guitarrista Rickey Medlocke chegou a ser baterista nos primórdios, mas não participou de nenhum registro à época, retornando décadas depois.
Os atuais membros até pensaram em encerrar atividades. Porém, após pedidos dos fãs e das famílias dos saudosos colegas, decidiram seguir em frente. Damon Johnson (ex-Thin Lizzy, Black Star Riders e Alice Cooper) vem ocupando a vaga de Rossington na atual temporada de shows.
Durante entrevista à revista Visions (via Alternative Nation), o guitarrista e vocalista Josh Homme (Queens of the Stone Age) falou sobre como é para uma banda seguir sem um membro vital. A discussão veio à tona por conta do que o Foo Fighters vem passando após a perda do baterista Taylor Hawkins, recentemente substituído por Josh Freese.
“No caso do Foo Fighters, acho que eles só precisam continuar. Devem honrar Taylor, porque não há como amá-lo mais do que amam. Quando a jornada de uma pessoa neste planeta chega ao fim, acredito que todos os que ficam para trás têm a obrigação de seguir em frente.”
Foi então que o nome das lendas do southern rock veio à tona.
“Por outro lado, eu me pergunto: o que pensar de uma banda como o Lynyrd Skynyrd que ainda está na estrada hoje, mesmo que não tenha sobrado nada da formação original? Em última análise, a resposta a esta pergunta está no gosto das pessoas. Embora seja um cover, as pessoas ainda querem ouvir as músicas – e o que devo ter contra isso? Além disso, estou tão ocupado descobrindo o que gosto que raramente tenho tempo para pensar sobre o que não gosto.”
E se fosse o Queens of the Stone Age?
De forma enigmática, Josh também falou o que faria caso sua banda se encontrasse na mesma situação.
“Acho que o Queens nasceu para resistir às coisas que acontecem e incorporar as experiências em sua própria arte. É da nossa natureza sempre mudar. Aceitar isso faz parte do nosso DNA.”
Lynyrd Skynyrd como tributo
Vale citar que em uma de suas últimas entrevistas, concedidas à Rolling Stone, o próprio Gary Rossington já havia admitido que o grupo atual era um tributo.
“É uma banda tributo agora e todo mundo sabe que não é a original. Todos que vêm para nos ver são avisados disso durante o show e provavelmente sabem antes de chegar lá. Mas as pessoas ainda vêm para nos ouvir ao vivo.”
O Lynyrd Skynyrd vem ao Brasil em setembro para dois shows. A banda se apresenta dia 22 de setembro em São Paulo, no Espaço Unimed. Na noite seguinte, será atração do Jaguariúna Rodeo Festival, a 125 km da capital paulista.
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