O melhor álbum do Kiss na opinião de Eric Carr

Disco também é muito querido entre os fãs brasileiros, por ter marcado a primeira vinda da banda

Décimo álbum de estúdio do Kiss, “Creatures of the Night” (1982) não foi um grande sucesso de vendas à época do seu lançamento. Apesar de contar com hinos como a faixa-título, “I Love it Loud” e “War Machine”, até hoje presentes nos shows, o trabalho demorou a engrenar de verdade, adquirindo maior respeito com o passar dos anos.

Mesmo assim, ele é visto como o momento em que o grupo recuperou parte de sua credibilidade. Após uma sequência de discos mais pop, além do experimento progressivo em “(Music From) The Elder” (1981), o quarteto – que àquela altura era um trio com uma série de guitarristas convidados – resolveu investir no ascendente heavy metal.

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O resultado foi um dos álbuns mais pesados da carreira da banda, com bastante ênfase na bateria de Eric Carr, que finalmente pôde mostrar o que sabia fazer de melhor. Não à toa, o próprio se mostrou feliz com o relançamento do disco em entrevista de 1986, disponibilizada no YouTube e transcrita pelo Whiplash.

“Todos nós discutimos o assunto [de relançar ‘Creatures of the Night’], sabe? Eu sempre falo com Paul e Gene sobre o ‘Creatures of the Night’, porque é meu disco favorito do Kiss de todos os tempos. Eu sempre fiquei desapontado por ele ter sido punido ao ter saído depois do ‘[Music From] The Elder’. Acho que, de tanto me ouvirem reclamar nos últimos seis anos (quatro anos, sei lá), do nada o pessoal começou a falar sobre o álbum, a dizer que ele era muito bom, que era um grande álbum.”

Assim como a mídia especializada e os fãs, Eric sabia das qualidades dos aspectos sonoros do trabalho, que contou com Michael James Jackson na produção.

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“Tem muito ótimo material nele. Não tinha banda que se comparasse ao som vivo e bem pesado que conseguimos naquele álbum. Acho que simplesmente decidimos que era hora de dar uma segunda chance a ele.”

Kiss e “Creatures of the Night”

“Creatures of the Night” foi o último álbum do Kiss em que o guitarrista Ace Frehley apareceu como membro oficial – embora já não tenha participado ativamente das gravações – até a reunião da formação original, na década seguinte.

A turnê marcou a primeira passagem do grupo pelo Brasil, tocando para o maior público de sua carreira no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro. O guitarrista solo no período era Vinnie Vincent, que ainda registraria o sucessor, “Lick it Up” (1983) – que marcaria a aposentadoria momentânea da identidade mascarada dos músicos.

Por conta disso, o play é muito querido pelos fãs locais, tendo alcançado um sucesso que não se refletiu no restante do planeta. A vinda do Kiss chegou a render até mesmo um especial na Rede Globo. A maior emissora televisiva do país exibiu um programa contando com parte do show carioca, além de entrevistas com os músicos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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