Realizada neste sábado (6), em Londres, a coroação do Rei Charles III praticamente monopolizou as atenções no período em que foi realizada. Como já se podia supor, nem toda a repercussão foi positiva, tanto por conta dos protestos nas ruas por onde a comitiva passou quanto pelas reações online.
Um exemplo é Robert Smith. O líder do The Cure usou as redes sociais para deixar sua mensagem muito clara. Para tal, compartilhou um link para um cartum do artista First Dog on the Moon. O texto na imagem diz:
“Todos saúdam a natureza arbitrária do privilégio hereditário. O enorme custo desta cerimônia poderia comprar um pônei para cada criança britânica, mas a distração deve acalmar as massas, para que não despertemos a fúria dos pobres. Deixe-os comer a quiche da coroação.”
O tweet está disponível abaixo. A imagem pode ser acessada clicando aqui ou logo abaixo ao tweet nesta matéria.
Robert Smith sobre a Família Real
Robert Smith, que certa vez incorporou a frase “cidadãos, não súditos” em sua guitarra, já criticou publicamente a monarquia antes. Em uma entrevista de 2012, resgatada pelo Ultimate Classic Rock, o músico rejeitou firmemente a ideia de ser nomeado cavaleiro ou se apresentar em uma cerimônia real.
“Por que vou querer ser tratado com condescendência por alguém que não fez p*rra nenhuma?”
No mesmo ano, em declaração ao Telerama.fr, foi além em suas observações.
“Eu odeio a Família Real. Qualquer tipo de privilégio hereditário é simplesmente errado. Não é apenas antidemocrático, mas inerentemente errado. Eles nunca fizeram nada, são um bando de idiotas. Eu deveria ser rei.”
Artistas “fugindo” da coroação
A Rolling Stone apurou que vários artistas britânicos de alto nível foram convidados para se apresentar na coroação deste ano e recusaram. Entre eles estariam Adele, Ed Sheeran, Harry Styles e Robbie Williams.
Já Nick Cave aceitou o convite, seguido de uma explicação em seu blog, Red Hand Files.
“Não sou monarquista, realista, nem republicano fervoroso. O que eu também não sou é tão espetacularmente desinteressado sobre o mundo e a maneira como ele funciona. Nem tão ideologicamente capturado ou tão mal-humorado a ponto de recusar um convite para o que provavelmente será o evento histórico mais importante no Reino Unido de nossa era. Não apenas o mais importante, mas o mais estranho, o mais esquisito.”
The Cure no Brasil
Na última quarta-feira (3), Robert Smith anunciou que a vindoura turnê do The Cure pela América do Sul incluirá o Brasil. Ele declarou em um tweet:
“2023 na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, Uruguai… mas acertar os detalhes está demorando um pouco mais do que deveria… mais detalhes quando existirem… Pra frente X”
A passagem pela América Latina da Lost World Tour já havia sido adiantada no começo de abril, antes de a banda confirmar mais datas na América do Norte.
A primeira visita do The Cure ao Brasil aconteceu em 1987, com dois shows em Porto Alegre, um em Belo Horizonte, dois no Rio e três em São Paulo. Já no ano de 1996, a volta ocorreu na última edição do Hollywood Rock. O derradeiro regresso até o momento se deu em 2013, com mais um par de apresentações em terras cariocas e outra dobradinha nos lados paulistas.
*Foto: Bill Ebbesen / CC BY-SA 3.0
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