Quando taxistas atrapalharam show do Black Sabbath em 1981

Sinal de chamadas de empresa britânica entrou no sistema de som da banda e o problema não pôde ser solucionado

Após as turbulências que levaram ao rompimento da formação original, o Black Sabbath parecia ter se estabilizado com a entrada de Ronnie James Dio – e o posterior acréscimo do baterista Vinny Appice.

Celebrando o momento, a banda realizou uma última etapa britânica divulgando “Heaven and Hell” (1980). As datas extras seriam uma forma de mostrar que os contratempos haviam passado, embora a coisa fosse até piorar dali por diante.

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Mas as coisas não saíram como planejado, como narra artigo da Classic Rock. Durante a passagem de som antes do show do quarteto em 24 de janeiro de 1981, no Leeds Queens Hall, a equipe percebeu um problema. O amplificador de Tony Iommi estava captando o sinal de rádio de uma empresa de táxi local e transmitindo os pedidos.

O cancelamento do show foi considerado, mas a polícia local avisou que, se o fizessem, fãs destruiriam o local e o grupo seria acusado de provocar um motim.

O tour manager chegou a entrar em contato com a empresa para tentar um acordo. Como resposta, disseram que aceitariam sair do ar durante o show se recebessem o valor de 2 mil libras para cobrir as perdas de trabalho pelo período sem atividades. Não houve acerto e a banda optou por tocar mesmo assim.

Como destaca uma resenha do New Musical Express (NME), resgatada pela Classic Rock:

“A banda sofreu apenas um problema. Quando todos saíram do palco, Tony Iommi, a figura solitária, lançou-se em seu épico de guitarra por 20 minutos. Lentamente, ele construiu o solo, começando de maneira ‘clássica’, com acordes suaves e melódicos, antes de aumentar tanto o volume quanto a velocidade de sua execução para levar a um final destruidor de notas estridentes e expressões torturadas.

Enquanto a luz brilhava sobre ele, Iommi, suando dramaticamente, tocou os acordes e notas. Até que, com um grande floreio, parou de repente. O próximo barulho que eu e sete mil e quinhentas outras pessoas ouvimos foi do amplificador dele. Dizia: ‘Carro 51, por favor, vá para Neville Street’.”

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Tony Iommi contornou o contratempo e não perdeu o ritmo. O jornalista deu bastante crédito ao guitarrista por sua atitude, mas acrescentou, maldosamente: “no fundo, eu gostaria que o táxi fosse para ele”.

Black Sabbath na era Dio

A turnê de “Heaven and Hell” se encerraria nos dias seguintes. O Black Sabbath lançaria “Mob Rules” no mesmo ano e voltaria à estrada. Dio e Appice sairiam na sequência após uma série de trocas de acusações. Nos próximos anos, a banda se transformaria em um festival de trocas de integrantes sem fim.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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