Não é segredo para ninguém que o Dream Theater foi responsável por levar o prog metal a um novo patamar de popularidade no início dos anos 1990. A complexidade técnica angariou uma gigante base de fãs não apenas entre instrumentistas, mas também junto ao público generalista, que compreendeu e abraçou a proposta da banda.
Em entrevista ao The Heavy Hooks, transcrita pelo Ultimate Guitar, o baixista John Myung foi questionado sobre qual música seria a mais difícil de se tocar ao vivo em toda a discografia do grupo.
“Há certas músicas que são fisicamente exigentes, como ‘The Glass Prison’. Há certas músicas que têm seções que são muito impulsionadas pela resistência. Mas então você tem outras coisas que são muito orquestradas. E as notas principais estão mudando constantemente. Essas são mais desafiadoras em um sentido mental. E, claro, você está no palco e as coisas soam meio desafinadas, você realmente não sabe se está tocando afinado, mas sabe que está. Há muitas coisas que podem interferir na sua percepção quando você está no palco. Para mim, cada música é um desafio, porque você tem que se lembrar dela e tocar direito. Não há segunda tentativa, certo? Então, é tudo muito desafiador.”
Sendo assim, o músico não deixa de praticar durante as turnês. No fim das contas, é onde mais acaba fazendo isso.
“Bem, na verdade é na turnê onde eu pratico mais, provavelmente porque é quando estamos trabalhando, certo? Quando estou em casa, não toco tanto. Quando estamos em turnê já fico o tempo todo inserido naquele ambiente. Então, é provavelmente por isso que acaba acontecendo assim.”
Dream Theater e “12 Step Suite”
Presente no álbum “Six Degrees of Inner Turbulence” (2002), “The Glass Prison” dá início à “12 Step Suite”, saga dividida em 5 canções que narra a batalha do ex-baterista do Dream Theater, Mike Portnoy, contra o alcoolismo. A temática é baseada nos 12 passos para a cura do programa dos Alcoólicos Anônimos.
“The Glass Prison” narra os 3 primeiros: 1. Admitimos que somos impotentes perante o álcool – que perdemos o domínio sobre nossas vidas; 2. Acreditamos que um poder superior a nós mesmos pode devolver-nos à sanidade; e 3. Entregamos nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebemos.
“This Dying Soul”, de “Train of Thought” (2003), traz os 2 próximos: 4. Fazemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos; e 5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
“Octavarium” (2005) traz a música “The Root of All Evil”, com mais 2 passos: 6. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus remova todos esses defeitos de caráter; e 7. Humildemente rogamos a Ele que nos livre de nossas imperfeições.
“Repentance”, de “Systematic Chaos” (2007), oferece mais um par: 8. Fazemos uma relação de todas as pessoas a quem tenhamos prejudicado e dispusemo-nos a reparar os danos a elas causados; e 9. Fazemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas sempre que possível, salvo quando fazê-las signifique prejudicá-las ou a outrem.
Os últimos 3 aparecem em “The Shattered Fortress”, de “Black Clouds & Silver Linings” (2009): 10. Continuamos fazendo o inventário pessoal e quando estivermos errados, o admitimos prontamente; 11. Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebemos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade; e 12. Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.
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