O Ramones foi uma das bandas de rock mais influentes de sua época. Músicos dos mais diferentes galhos da imensa árvore genealógica do gênero citam o quarteto das jaquetas de couro como referência. Mesmo assim, fora do circuito punk, era difícil encaixá-los em alguma turnê com outras bandas.
Em entrevista à Uncut (resgatada pelo site Far Out Magazine), o saudoso baterista original e produtor Tommy Ramone lembrou quando o grupo abriu para Johnny Winter em 1975. Punks e um bluesman não foi uma combinação adequada para a plateia.
“Estávamos fazendo o nosso trabalho, o que significava que não paramos entre as músicas até por volta da sexta, quando tiramos nossas jaquetas de couro. Houve silêncio. Então, lentamente, esse barulho, esse estrondo, surgiu da plateia e eles enlouqueceram: ‘Que diabos é isso! Saiam do palco!’.”
Pouco tempo depois, era a hora de excursionar com o Black Sabbath. O ex-manager Monte A. Melnick define a situação como uma loucura.
“Foi doloroso. O público não quis ouvir, jogaram pilhas, moedas, gelo… eles não estavam brincando.”
Monte ainda recordou interações com outros dois nomes um tanto quanto diferentes do Ramones.
“O público de Ted Nugent era um pouco mais fácil, eles apenas jogavam sanduíches. Abrimos para o Toto, que era tão descontraído que, quando descobriram o que estava acontecendo, o Ramones já havia tocado e estava de folga.”
Sobre o Ramones
Com o passar do tempo, o Ramones adquiriu status de headliner, que sustentou até 6 de agosto de 1996, quando fez seu último show. Com os quatro originais já falecidos, não há possibilidade de turnê de reunião, infelizmente.
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