Crítica: Mais denso, “Missão: Impossível 7” equilibra espionagem e ação

Novo capítulo resgata clima "clássico" com trama mais sombria, mas preservando excelentes cenas mais agitadas

Missão: Impossível” é a franquia que mantém a carreira de Tom Cruise firme e forte. Em parte deve ser por isso que o ator e produtor investe tanto a cada novo filme.

Ao longo da famosa franquia, o intérprete de Ethan Hunt sempre consegue criar cenas de ação maiores e melhores, encontrando novas maneiras de colocar sua própria vida em perigo em cenas sem dublês e extremamente arriscadas. A última envolvia se jogar de um penhasco pilotando uma moto…

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Um pouco de voltas às origens

O público de hoje em dia provavelmente nem se lembra, mas “Missão: Impossível” começou como um seriado de TV em 1966, muito mais voltado ao suspense e espionagem do que às cenas de ação. O primeiro filme da saga, lançado em 1996, já acrescentava mais ação à mistura, mas mantinha o clima da série.

Do segundo longa em diante, “Missão: Impossível” virou uma das mais populares franquias de ação do cinema. Com o tempo, a adrenalina passou a dominar as obras.

“Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” não abdica disso e se sai muito bem nas agitadas sequências de luta e perseguição, com os exageros já tradicionais das aventuras de Ethan Hunt. Porém, resgata um pouco do clima do primeiro filme, com uma carga dramática bem mais forte.

Por conta disso, a primeira metade da produção é um tanto mais lenta. Funciona, mas aumenta demais a duração do filme, que poderia facilmente perder de 20 a 30 minutos.

Sua missão, caso decida aceitá-la

A missão da vez vai num caminho diferente, se aproximando da ficção cientifica ao introduzir a Entidade, um programa senciente que está infiltrado em todas as redes do planeta. Alguns querem apenas destruí-lo, mas vários outros querem tomar o controle para conseguir comandar os rumos do mundo.

Ethan Hunt e seus companheiros, é claro, são os mocinhos que ignoram os desejos de seu próprio governo e tentam desvendar os segredos por trás da Entidade.

O “Acerto de Contas” do subtítulo é justificado pelo novo vilão Gabriel (Esai Morales), que teve grande impacto no passado de Hunt. Se achar a presença imponente do ator familiar, talvez seja porque o viu como o Exterminador na série “Titãs”.

A grandiosidade de sempre

Sequências de tirar o fôlego, muitas situações de quase morte e um giro por várias localizações da Terra fazem parte de “Acerto de Contas”, como em todo filme da saga. Novamente, destaca-se a volta da paranoia do mundo da espionagem, representada em parte pelo retorno do diretor Kittridge (Henry Czerny), sumido desde o primeiro longa. O filme original, aliás, é homenageado numa sequência final que remete ao seu clímax.

Tanto a trama envolvendo o passado de Ethan Hunt quanto a introdução da ladra Grace (Hayley Atwell) servem para dar uma pincelada no funcionamento da organização Missão: Impossível, algo poucas vezes explorado. Atwell, aliás, brilha bastante, sendo mais coestrela do que coadjuvante.

Mesmo com uma pequena barriga que poderia facilmente ser eliminada “Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” prende a atenção e merece ser conferido nos cinemas, onde tela grande e sistema de som caprichados fazem a diferença nas cenas de ação. E, como o título já indica, nos deixa com água na boca para a segunda parte, que estreia apenas em 2024.

*“Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1” estreou nesta quinta-feira (13) nos cinemas brasileiros.

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Leonardo Vicente Di Sessa
Leonardo Vicente Di Sessahttps://falaanimal.com.br/
Formado em Propaganda & Marketing, Leonardo Vicente acabou tragado pelo mundo dos quadrinhos e assuntos nerds, atuando como jornalista especializado na área desde 2001. Também revisor e editor, mantém o site Fala, Animal! e o podcast de mesmo nome, participando ainda da equipe da revista Mundo dos Super-Heróis e do podcast Mansão Wayne. É autor de livros como Os Cavaleiros das Trevas, O Homem que Ri e Prodígio: 80 Anos do Robin.

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