Praticamente todo artista gostaria de mudar alguma coisa em suas obras, por mais perfeitas que possam parecer aos olhos do público. Há quem diga que uma criação nunca é realmente finalizada, ela apenas deixa de ser criada em determinado ponto para que possa ser lançada e divulgada – caso contrário, nunca sairia, pois sempre haveria algo a mexer e corrigir.
Baterista do Pink Floyd em toda a carreira, Nick Mason tem consciência disso. Em entrevista ao The Drummer’s Journal, em 2015 – resgatada pela Far Out Magazine – ele abordou os dois álbuns mais populares da banda, “The Dark Side of the Moon” (1973) e “The Wall” (1979). E revelou o que mudaria em ambos.
“‘Dark Side’ é o nosso disco mais completo. Existem muitos outros que eu gosto, mas ele tem uma mistura adorável de todos contribuindo para isso. Já ‘The Wall’ foi um trabalho e tanto, mas provavelmente é muito longo. O que poderia ter sido bom seria ter ‘Dark Side’ um pouco mais longo e ‘The Wall’ um pouco mais curto.”
A crítica a “The Wall” é ecoada por uma parte considerável de fãs, diga-se de passagem. De qualquer modo, o que surpreende Nick até hoje é a maturidade do conteúdo de ambos.
“Eles têm ótimas músicas e as letras de Roger Waters são extraordinárias. O fato de ele ter menos de 30 anos nos dois ainda me impressiona.”
Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” e “The Wall”
Oitavo disco do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” é seu trabalho mais bem-sucedido, com mais de 45 milhões de cópias vendidas mundialmente. Permaneceu 741 semanas consecutivas na parada norte-americana entre 1973 e 1988.
Foi concebido como uma obra com temática focada nas pressões enfrentadas pela banda e os problemas de saúde mental do ex-membro Syd Barrett, que deixou o grupo em 1968. O material foi desenvolvido em performances ao vivo, com boa parte sendo executada nos palcos antes mesmo das gravações.
Um dos trabalhos conceituais mais conhecidos de todos os tempos, “The Wall” conta a história de Pink, personagem criado por Roger Waters, baseado em seus traumas, medos e lembranças, além também contar com traços da personalidade do já citado Syd Barrett.
Foi o último disco da banda como um quarteto. O tecladista Richard Wright acabou sendo demitido e recontratado como músico assalariado posteriormente. A turnê contou com a execução do tracklist na íntegra, além de uma representação dramatizada da história. Posteriormente, também viraria filme. Chegou ao primeiro lugar na parada Billboard 200 e vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo até hoje.
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