Ano passado, durante entrevista ao podcast “How Do You Cope?”, da BBC Radio 5 Live, Brian May surpreendeu muitos fãs ao escolher “Made in Heaven” (1995) como seu álbum preferido do Queen. O disco póstumo foi descrito pelo guitarrista como “estranho e traumático”. Porém, o resultado final deixou o músico satisfeito.
Não foi a primeira nem será a última vez que um artista elegerá alguma obra menos óbvia de sua carreira como favorita. Mas neste caso, a declaração é tão verdadeira que foi repetida recentemente. Participando de uma sessão de perguntas e respostas com leitores do jornal The Guardian, Brian voltou a exaltar o trabalho.
“Meu favorito, embora alguns possam estranhar, é o último que fizemos: ‘Made in Heaven’, que concluímos depois que Freddie se foi. Ele tem muita profundidade, tanto no conteúdo espiritual quanto em emoção, porque estávamos trabalhando com a voz de que não estava mais ali. Na verdade, levamos alguns anos para chegar ao ponto em que poderíamos fazer isso porque estávamos de luto.”
Antes de se concentrar de vez nas sessões, no entanto, foi preciso se afastar do que aquilo representava. Foi quando a carreira solo aconteceu.
“Roger (Taylor, baterista) e eu saímos e fizemos nossas próprias turnês. Fingimos que o Queen não existia por um período. Então, de repente, nós olhamos para todo esse material embrionário e pensamos que era algo clamando por ser feito. Foi um trabalho de amor, mas acho que posso ouvi-lo com um grande sentimento de paz agora.”
Queen e “Made in Heaven”
Lançado em 6 de novembro de 1995, “Made in Heaven” é composto por faixas inéditas registradas por Freddie Mercury antes de sua morte e complementadas pelos outros integrantes, além de releituras e sobras de sessões antigas. Vendeu cerca de 8 milhões de cópias em todo o mundo.
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Ninguém melhor do que o próprio artista para opinar sobre a obra.
Afinal, esteve presente em toda a discografia e vivenciou cada álbum.