Andy Taylor fez parte do Duran Duran em dois momentos diferentes. O guitarrista integrou a banda entre 1980 e 1986 — quando decidiu sair para focar em projetos solo — e, depois, entre 2001 e 2006, com a passagem rendendo o álbum “Astronaut” (2004).
O segundo rompimento do músico com o grupo envolveu uma série de questões. Uma nota do The Times publicada em 2008 sugeriu problemas do artista com a gestão do Duran Duran. Na autobiografia “Wild Boy: My Life in Duran Duran” (via Daily Mail), o próprio Andy contou que, além das tais questões burocráticas, influenciaram a decisão o luto de perder o pai e, por consequência, o diagnóstico de depressão clínica.
Já a banda atribuiu a ruptura a outros motivos. Em comunicado publicado na época (via Billboard), destacou:
“Nós quatro acabamos com a parceria e continuaremos como Duran Duran sem Andy, pois chegamos a um ponto em que há um abismo insustentável entre nós e não podemos mais funcionar efetivamente juntos.”
O tecladista Nick Rhodes e o vocalista Simon Le Bon reforçaram no período a justificativa durante bate-papo com o The Star, mencionando a falta de comunicação e afastamento por parte do antigo membro. Mas em recente entrevista à Classic Pop (via NME), Andy garantiu que existiram apenas conflitos “criativos, não pessoais”.
Nas palavras do guitarrista, a ideia de Timbaland produzir o álbum sucessor de “Astronaut”, “Red Carpet Massacre” (2007), acompanhado de Justin Timberlake, não o agradou. Ele tinha uma visão diferente a respeito do processo, que deveria ser mais intimista e sem “agentes externos”, como explicou.
“Eu não consegui participar do álbum produzido por Timbaland, porque simplesmente não me emocionou. Eu disse aos outros: ‘por que precisamos fazer isso?’. Há muito talento nessa banda, nunca senti a necessidade de trazer outras pessoas para compor com o Duran Duran. Isso me incomodou.”
Sendo assim, ele não conseguiu permanecer no grupo — mesmo sabendo o quanto sentiria falta da banda no futuro.
“O sentimento geral era de que: ‘você deveria ficar com a gente’ e eu simplesmente não consegui. Eu não sei o que aconteceu comigo que eu simplesmente não consegui fazer isso. Parecia que alguém tinha fechado uma porta de elevador comigo no meio e eu não conseguia passar. Precisava ter um equilíbrio e eu não conseguia sentir isso. Tive a mesma sensação de quando saí da primeira vez: ‘vou sentir falta de tudo isso… de novo’.”
Andy Taylor e Duran Duran
Andy Taylor tocaria novamente com os antigos parceiros no ano passado, na cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame – que homenageou o Duran Duran e outros artistas. No entanto, apesar de ter se preparado e ficado empolgado, o artista faltou no compromisso devido ao tratamento contra um câncer de próstata em estágio 4, o mais avançado.
Em entrevista ao tabloide The Mirror, o baixista John Taylor disse que a ausência do guitarrista na ocasião – descrita como “chocante” e “terrivelmente triste” – motivou a banda a criar um novo material com sua colaboração – ainda sem data oficial de lançamento.
“Estamos trabalhando em um álbum agora, que vai sair no final do ano, e Andy vai tocar guitarra nele. Se ele tivesse ido para Los Angeles e comparecido na cerimônia, provavelmente nem teríamos pensado nisso. O álbum aconteceu como resultado disso.”
Andy também confirmou o lançamento de um novo álbum solo para o dia 8 de setembro. “Man’s a Wolf to Man” é o primeiro disco de inéditas do músico desde “Thunder”, disponibilizado em 1987.
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Sempre tive imensa curiosidade em saber porque Andy deixou a banda pela segunda vez, muita coisa saiu na epoca em relação a participação externa no Red carpet massacre mas não sabia se era verdade. Agora dito pelo próprio Andy e parece ser muito sincero fica bem esclarecido. Ótima matéria!!!