Cenas de “Dahmer” foram editadas para evitar empatia pelo serial killer

Editora da série também disse que trabalho foi pensado para não desrespeitar as vítimas do assassino

A edição da série “Dahmer: Um Canibal Americano”, que retratou a vida do serial killer Jeffrey Dahmer, não foi nada fácil. É o que revelou a editora Stephanie Filo, que precisou se desdobrar para que o show não fizesse o público ter empatia pelo assassino, interpretado pelo ator Evan Peters.

Para a Variety, Filo revelou que no quarto episódio, foi preciso modificar a cena em que Dahmer retorna do exército para passar o natal com sua família justamente com esse propósito.

“Era pra ser uma cena completa, mas ela se sustentava demais na dinâmica da família (de Dahmer).”

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Para isso, a edição intercalou esse momento familiar de Dahmer com cenas que contextualizassem seus crimes. Stpehanie Filo afirmou:

“Esses cortes e ver as coisas bizarras que ele fez ajudaram a contextualizar as coisas terríveis que aconteciam ao invés de apenas mostrar um cara se encontrando com seus pais.”

Respeito às vítimas

Outro desafio vivido pela edição do show ocorreu no episódio oito, quando apareceram depoimentos das vítimas de Jeffrey Dahmer. Stephanie Filo afirmou que sentiu o peso e a responsabilidade de fazer a edição do capítulo, pois sabia que era preciso respeitar todos que sofreram com o serial killer, seja de uma forma ou de outra.

“Eu finalmente percebi isso uma vez que me sentei pra fazer o trabalho e é desse forma que nos sentimos cortando essa série.”

Sobre Jeffrey Dahmer

Jeffrey Dahmer se tornou um dos assassinos em série mais famosos da história. Ele cometeu seu primeiro crime em 1978 e oficialmente, tirou a vida de 17 pessoas – sendo 12 vítimas no início dos anos 1990.

O serial killer foi preso em julho de 1991, após um homem conseguir fugir do apartamento de Dahmer e alertar a polícia. No local, foram encontrados diversos restos mortais das vítimas do assassino em série – em especial os crânios e corações.

Jeffrey Dahmer foi condenado a prisão perpétua por conta do seus crimes. Ele foi morto na cadeia em novembro de 1994 após ser atacado por um colega que tinha esquizofrenia.

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Augusto Ikeda
Augusto Ikedahttp://www.igormiranda.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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