David Gilmour só entrou para o Pink Floyd porque ninguém queria cantar músicas de Syd Barrett

Apesar de a dupla de amigos ter chegado a participar da banda junta, função do músico era cobrir os espaços deixados pelo parceiro

Embora David Gilmour seja visto como o substituto de Syd Barrett no Pink Floyd, quem acompanha a história mais a fundo sabe que os dois chegaram a participar juntos da banda. Amigos de infância, chegaram a realizar shows juntos – embora o mais antigo membro estivesse apenas “em corpo presente” – além de terem participado das gravações do álbum “A Saucerful of Secrets” (1968).

Em entrevista de 1993, resgatada pela Guitar World, Gilmour relembrou o período. E reconheceu que, apesar de não ter sido um reserva imediato para o colega, na prática foi o que acabou acontecendo.

“Eles queriam que eu tocasse suas partes e cantasse suas canções. Ninguém mais queria cantá-las e eu fui eleito. Esse era o meu trabalho no que dizia respeito aos shows ao vivo, de qualquer maneira.”

- Advertisement -

A seguir, relembrou o breve período do grupo como um quinteto.

“Eu e Syd fizemos apenas cinco shows juntos no Pink Floyd. Ou talvez quatro. Talvez Southampton fosse o quinto, não me lembro. Enquanto tudo isso acontecia, também estávamos tentando fazer o álbum seguinte, ‘A Saucerful of Secrets’. Ao vivo não tocamos as faixas dele com essa formação, mas praticamente todas as coisas de Syd.”

Leia também:  O músico que personifica a essência do Nirvana segundo Dave Grohl
Leia também:  O melhor álbum do Pink Floyd para David Gilmour

Sem escolha para David Gilmour

Questionado se teria se sentido desconfortável com a função, David Gilmour foi bastante honesto quanto ao objetivo, sem se valer de figuras românticas de linguagem.

“Não havia outra coisa a fazer. Era isso ou de volta aos covers de Bo Diddley.”

Leia também:  Colin Moulding, o baixista que disse “não” ao Pink Floyd

Syd Barrett após o Pink Floyd

Quando deixou a banda em definitivo, Syd Barrett ainda foi ajudado pelos membros do Pink Floyd em seus dois discos solo – “The Madcap Laughs” e “Barrett”, ambos lançados em 1970. Ainda seria referência inspiracional para boa parte da obra, especialmente em “Wish You Were Here” (1975) e “The Wall” (1979).

Leia também:  A banda prog que Phil Collins dizia não entender: “não gosto”

O músico passou as últimas décadas de vida recluso – a pedido da família, os integrantes da banda não entravam em contato para que sua condição mental não se agravasse. Morreu em 7 de julho de 2006, devido a um câncer pancreático agravado pelo diabetes.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesDavid Gilmour só entrou para o Pink Floyd porque ninguém queria cantar...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

2 COMENTÁRIOS

    • Ah cara , concordo e discordo de ti kkkkk . Os melhores álbuns vieram depois mesmo . Porem eu amo a psicodelia do Crazy Diamond . Durante um período da minha vida O Pipper Gates era o meu álbum favorito , seguido do Saucerful . Ainda gosto muito deles , mas hj acho o Wish you junto do Animals os melhores . Mas , Echoes do meddle pra mim sempre foi a melhor música deles . Talvez a melhor canção já lançada na face da Terra . Já sobre o david ser responsável , foi em conjunto com os demais . Especialmente o Roger . Eita duplinha genial .

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades