Muitos não sabem ou já se esqueceram, mas Jeff Scott Soto integrou o Journey entre 2006 e 2007, esquentando o banco para Arnel Pineda, que segue a bordo até hoje. Soto foi demitido apenas cinco meses após ser efetivado, e isso resultou numa treta entre ele e o guitarrista Neal Schon que durou mais de uma década.
Ano passado, os dois finalmente declararam estar em paz um com o outro. Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, também disponível em vídeo, Jeff se recusou a comentar os recentes arranca-rabos entre Schon e o tecladista Jonathan Cain, mas revelou que, caso não tivesse sido dispensado, provavelmente teria pedido as contas num futuro próximo:
“Nem penso mais nisso [na demissão]. Neal e eu estamos numa boa; não ficamos ligando um para o outro o tempo todo, mas temos mantido conversas amigáveis e eu espero que continue assim. Não guardo rancor. Não tenho nada além de respeito pelo meu tempo [no Journey] e, para ser honesto com você, depois de ficar no Journey por quatro ou cinco anos, eu poderia ter saído de qualquer maneira.”
O motivo principal para este pensamento seria justamente aquilo a que seu substituto precisou se submeter: quase que se tornar outra pessoa.
“Quando eu estava com eles, ainda tinha em mim uma vontade de não me restringir a cantar o legado de outra pessoa, por mais que eu ame Steve Perry e ame aquelas músicas; para mim, seria como estar em uma banda tributo. Quero cantar minhas músicas. Sei que não o farei em estádios e arenas, mas sinto que, como artista, preciso ser fiel a quem eu sou, então acho que teria saído de qualquer maneira. Mas foi uma grande oportunidade. É ótimo poder incluir no currículo que fiz parte do Journey.”
Jeff Scott Soto e Journey
Jeff Scott Soto se juntou ao Journey em 2006, durante a turnê conjunta com o Def Leppard. À época, o titular Steve Augeri sofria com problemas de saúde que o tiraram de ação. A solução mais próxima era o cantor, que já vinha trabalhando com Neal Schon no projeto Soul SirkUS.
Embora uma explicação oficial nunca tenha sido oferecida pelos músicos sobre o rompimento, fontes próximas indicam que o tecladista Jonathan Cain considerava Soto com um background muito pesado e associado ao heavy metal para integrar uma banda que possui sonoridade voltada aos aspectos mais melódicos do rock.
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