A banda prog que Phil Collins dizia não entender: “não gosto”

Baterista do Genesis e popstar não simpatizava nem mesmo pessoalmente com power trio – exceção a um deles

Não chega a ser surpreendente imaginar que Phil Collins não venha a gostar de outras atrações do rock progressivo setentista. Apesar de ter feito história como baterista do Genesis, o popstar sempre buscou referências e influências em outros estilos musicais, privilegiando os aspectos comerciais em comparação aos próprios colegas de banda.

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Em entrevista resgatada pelo site Far Out Magazine, o músico destacou abertamente um grupo que jamais o agradou: nada menos que o Emerson, Lake & Palmer.

“Não são para mim, musicalmente falando. Não gosto de ELP.”

A coisa ia até para o lado pessoal, com exceção do tecladista do supergrupo.

“Não gosto deles como pessoas. Keith Emerson é legal e já falou coisas boas sobre nós. Mas não gosto de Carl Palmer. Nem de seu estilo de tocar. Não curto o que eles fazem. É neurótico demais para o meu gosto, além de ser muito focado em um estilo. Prefiro algo como a Mahavishnu Orchestra, que é feito com mais bom gosto.”

O curioso é que, após a espinafrada, Collins baixou o tom e contemporizou.

“Para ser justo, não ouvi tanto ELP. Mas do que eu ouvi e vi nos bastidores, simplesmente não gostei. Não tenho qualquer dúvida de que são excelentes músicos, apenas não me agrada.”

Sobre o Emerson, Lake & Palmer

Fundado em Londres no ano de 1970, o Emerson, Lake & Palmer vendeu cerca de 50 milhões de cópias dos seus discos em todo o planeta. Keith Emerson e Greg Lake morreram em 2016. Carl Palmer segue realizando shows, incluindo tributos aos falecidos colegas, executando a obra do trio.

Phil Collins e o rock progressivo

Em uma entrevista concedida no ano de 2014 ao documentarista John Edginton (transcrita pelo Rock and Roll Garage), Phil Collins opinou sobre bandas de rock progressivo em geral. Além de ter abordado o ELP de forma mais amena, o baterista que virou popstar citou outros nomes do gênero.

“Fui um grande fã dos três primeiros discos do Yes. O que veio depois nem tanto. Sou amigo dos caras, mas não me relaciono como o material que fizeram depois do começo. Jethro Tull e ELP não são para mim, musicalmente falando. Também nunca fui fã do Pink Floyd.”

Sobre a última citada na fala anterior, Phil Collins elaborou o pensamento um pouco mais.

“Provavelmente me tornei mais fã do Floyd nos últimos anos do que era na época, embora os tenha visto no Marquee (tradicional casa de shows de Londres) à época de ‘Arnold Layne’. Eu estava ciente do que eles estavam fazendo. Mas nunca fui muito fã. Eu estava em uma banda que era meio que sempre colocada na mesma caixa, mas nunca senti que realmente fazíamos parte daquilo.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

6 COMENTÁRIOS

  1. Gosto é gosto. Eu mesmo.amo a fase prog do Gênesis mas detesto a poperagem que virou a partir dos anos 80. O Collins é um grande músico e compositor, mas é pop demais pro meu gosto. Normal que ele não seja fã dos clássicos do progressivo, é só ouvir os discos solo dele.

  2. Bobagem. Tenho 63 anos e conheci ELP, aos 12 anos, que ouço até hoje. O que havia era briguinhas de banda, uma querendo aparecer mais que a outra. Em tempo: sempre achei o Yes uma banda bosta.

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