Apesar de ser o disco referencial do Pink Floyd para muita gente, também é verdade que “The Wall” (1979) é a obra mais criticada por fãs entre os álbuns considerados como os mais clássicos da história da banda. O principal motivo está em sua duração, ultrapassando 80 minutos – é bem verdade que posteriormente vários trabalhos superariam esse tempo, mas para a era do LP era definitivamente incomum.
Em 1993, durante entrevista à revista Guitar World, David Gilmour refletiu sobre o play. E deixou claro, para quem quisesse ouvir (ou ler, no caso), que se tratou de um trabalho totalmente centrado nas visões de seu (então) colega e (para sempre) desafeto.
“Gostei da história criada por Roger. Embora eu não concorde totalmente com ela, você tem que deixar um sujeito ter sua opinião. Eu apenas tinha uma visão diferente de nosso relacionamento com nosso público em comparação a ele. Roger não gostava de fazer turnês. Sentia que não havia conexão entre ele e a plateia que estava à sua frente.”
Porém, na hora de fazer uma retrospectiva de seus sentimentos, o guitarrista e vocalista foi bem mais ácido.
“Eu tinha uma visão diferente das coisas e ainda tenho. Para mim, o disco ‘The Wall’ em si é mais preconceituoso hoje do que era naquela época. Agora parece ser um catálogo de pessoas que Roger culpa por suas próprias falhas na vida, uma lista de ‘você me f*deu assim, você me f*deu daquele jeito’.”
Pink Floyd e “The Wall”
Um dos trabalhos conceituais mais conhecidos de todos os tempos, “The Wall” conta a história de Pink, personagem criado por Roger Waters, baseado em seus traumas, medos e lembranças, além também contar com traços da personalidade do seu antigo colega de banda, Syd Barrett.
Foi o último disco da banda como um quarteto. O tecladista Richard Wright acabou sendo demitido e recontratado como músico assalariado posteriormente. A turnê contou com a execução do tracklist na íntegra, além de uma representação dramatizada da história. Posteriormente, também viraria filme.
“The Wall” chegou ao primeiro lugar na Billboard 200 e vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo até hoje.
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Dave é ciumento.
Roger é fera, muito mais fera.
The Wall é um clássico. Sua crítica ao nazifascismo e/ou totalitarismo não agrada muita gente. É brilhante e atual.