Lançado em 2004, o filme “Cazuza: O Tempo Não Para” foi um grande sucesso do cinema nacional, chamando a atenção de toda uma nova geração para o trabalho do cantor falecido em 1990. Obviamente, o Barão Vermelho, banda que ele integrou entre 1981 e 1985, não poderia ter ficado de fora.
Porém, a maneira como a banda foi retratada não agradou o baterista Guto Goffi, único a ter participado de todas as formações. Em entrevista ao podcast Corredor 5, transcrita pelo Whiplash, o músico ressaltou:
“O Barão estava sendo tratado de uma forma meio infantilizada, como se fôssemos uma banda de playground, tocando aquela música do Deep Purple. Eu sentia que nos retrataram como muito amadores, mas não era isso, porque o Barão, como ensaiávamos todos os dias, começou a ganhar força como banda e no palco, convivíamos com isso.”
Guto exaltou o profissionalismo do grupo no período inicial da carreira como fator preponderante para o sucesso.
“Era assim, uma nave que não importava mais para onde estava indo, todos estavam felizes, se abraçando o tempo todo, percorrendo o Leblon à noite, a praia todos os dias, ensaios à tarde, Leblon à noite, praia e ensaios durante muitos anos. Foram dois, sei lá. Tanto que o Barão Vermelho é uma banda que evoluiu rapidamente, porque nos víamos todos os dias. Éramos uma banda que ensaiava todos os dias, e cada vez que participávamos de grandes festivais, nos dedicávamos a ensaiar muito para estar preparados na hora, para correr aquela maratona. São coisas que você vai aprendendo.”
“Cazuza: O Tempo Não Para” e Barão Vermelho
Com direção de Daniel Filho, “Cazuza: O Tempo Não Para” foi produzido e distribuído pela Globo Filmes. O ator Daniel de Oliveira foi responsável por interpretar o protagonista da trama.
O Barão Vermelho vem realizando uma série de shows especiais para comemorar os 40 anos de sua fundação. Além de Guto, a formação atual conta com Rodrigo Suricato (voz, guitarra e violão), Fernando Magalhães (guitarra e violão) e Maurício Barros (teclados e vocais). O baixista Márcio Alencar participa como músico de apoio.
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Eu sinceramente acompanhei toda carreira do Barão e Cazuza, não consigo ver Cazuza do filme como mesmo da vida real das entrevistas dos programas de TV e dos shows. Mesmo li sobre filme de the Doors, vi mesmo no filme do Tim Maia do Gonzaguinha do Renato Russo . Biografias no cinema são mais ficção que realidade.