Como o Greta Van Fleet se sente ao ser chamado de “derivado”

Comparações constantes com o Led Zeppelin são como uma "facada nas costas" para o quarteto, segundo o guitarrista Jake Kiszka

Para o Greta Van Fleet, a forte influência do rock clássico é uma faca de dois gumes. Desde sua estreia em 2017 — com o EP “Black Smoke Rising” —, a banda é alvo constante de comparações com o Led Zeppelin em função da sonoridade, especialmente dos vocais. A questão já foi tratada em dezenas de entrevistas, mas os jovens músicos seguem reprovando o rótulo de “derivados”. 

Em entrevista à Classic Rock, o quarteto revelou como se sentiu em relação à comparação. Para o guitarrista Jake Kiszka, foi como uma facada nas costas. 

“No início, estávamos sendo atingidos por flechas e esfaqueados nas costas de todos os ângulos.”

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Josh e Sam Kiszka — respectivamente vocalista e baixista — ainda falaram sobre as pessoas que viam o grupo para além do rótulo de “derivado do Led Zeppelin”. 

Josh: “Mas conhecíamos pessoas e elas entendiam o que queríamos. Eles entenderam o quão importante é para nós fazer parte da linhagem.”

Sam: “Mas tínhamos que conquistar o respeito deles.”

Por fim, o baterista Danny Wagner abordou a missão de honrar o trabalho dos veteranos que consagraram o gênero. 

“Há uma grande responsabilidade em honrar a musicalidade de nossos heróis. O resultado final é que estamos sobre os ombros de gigantes que vieram antes de nós.”

Por trás do som vintage do Greta Van Fleet

Na mesma entrevista, Jake Kiszka buscou explicar o motivo por trás da forte referência sonora de bandas do século passado. Os músicos, que ainda estão na casa dos vinte anos, tiveram pouco contato com músicas contemporâneas.

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“Há um elemento de circunstância em como crescemos. Você pode dizer que isso também é um impedimento, porque estávamos meio por fora do que era então música contemporânea. Ouvíamos rádios pop no ônibus para a escola e na casa de amigos, e era tipo: ‘hmm, isso não me emociona tanto quanto os discos que ouvimos em casa’.”

O guitarrista destacou a importância do contato com trabalhos da era analógica para a entrada do Greta Van Fleet na linhagem do rock clássico. 

“Se não tivéssemos crescido com esses registros, seria difícil tentar fazer o que estamos fazendo agora. Não seria tão verdadeiro ou orgânico. Sentimos uma responsabilidade com esse tipo de música por causa do trabalho artesanal. Você cria uma música e isso leva tempo, em vez de depender de máquinas ou IA. Há um elemento de recompensa em toda a atenção e habilidade, e então perceber que você está se tornando parte da linhagem dessa coisa chamada rock clássico.”

O novo álbum “Starcatcher”

“Starcatcher”, novo álbum do Greta Van Fleet, saiu no último dia 21 de julho. O disco chegou ao 8º lugar nas paradas dos Estados Unidos e Reino Unido. Ainda ficou em 2º na Alemanha e Suíça, 3º na Bélgica e 6º na Áustria. Produzido por Dave Cobb, o registro tem a proposta de apresentar histórias e personagens ligados ao cosmos.

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Tairine Martins
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Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

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