Johnny Marr não é um estranho para colaborações com outros músicos. O eterno guitarrista do The Smiths assinou parceria com os mais variados músicos. Os nomes vão do herói do instrumento Jeff Beck ao ícone das trilhas sonoras Hans Zimmer.
Em recente entrevista ao Broken Record Podcast, transcrita pelo Killer Guitar Rigs, o músico ressaltou a espontaneidade como fator decisivo.
“Não faço nada disso de forma muito planejada. Funciona como uma espécie de jornada, na falta de outra descrição. Tive muita, muita sorte de que as pessoas estavam fazendo coisas legais e me convidaram para os acompanhar.”
Uma das participações que o próprio fez questão de destacar aconteceu em “The Empyrean”, álbum solo de John Frusciante, lançado em 2009. Johnny toca em duas faixas com o guitarrista do Red Hot Chili Peppers (que encerrava sua segunda passagem pela banda naquele ano): “Enough of Me” e “Central”.
“Enquanto fazia isso, pensava: ‘Oh, cara, eu amo essas músicas, que coisa legal.’ John me convidou e simplesmente disse: ‘Eu tenho essas faixas, faça a sua escolha’. Tocou-as para mim e eu respondi: ‘Acho que posso fazer alguma coisa naquela.’ Depois ele tocou outra e eu: ‘Oh, tive uma ideia para essa.’ Foi uma ótima experiência.”
Depois que o entrevistador observou como a abordagem detalhada de Frusciante o faz parecer “quase um computador”, Marr acrescentou:
“Bem, há algumas coisas que vêm à mente quando você diz isso. Acho que você está absolutamente certo sobre John e há algumas outras pessoas que conheço assim. Esses músicos são vistos como especialistas, experts absolutos.”
Johnny ainda estabeleceu um parâmetro com uma lenda da música.
“Há uma história famosa sobre quando Bob Marley começou a gravar, aos 16 ou 17 anos. Ele era considerado um pé no saco porque dizia: ‘Os backing vocals estão muito altos!’ Ele havia estudado The Coasters, The Drifters, Curtis Mayfield e The Impressions, então sabia como eram os backing vocals ideais. John Frusciante é assim. Ele pega todos esses elementos diferentes que só para eles fazem sentido e algo ganha vida.”
John Frusciante e “The Empyrean”
Reunindo influências de post-rock, música psicodélica e sons experimentais em geral, “The Empyrean” foi o oitavo álbum solo de John Frusciante. Conceitual, o trabalho contava com 9 faixas autorais no tracklist convencional, além de um cover para “Song to the Siren”, de Tim Buckley. Teve performance discreta nas paradas, algo já esperado por sua complexidade.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.