Rock in Rio “nunca foi mais rock”, diz Roberto Medina

Segundo empresário, festival carioca já nasceu com "espírito transversal", pois a meta era alcançar diferentes tipos de público

Nos próximos dias, acontecerá em São Paulo a primeira edição do The Town. Idealizado pelos mesmos organizadores do Rock in Rio, o festival vai trazer artistas de diferentes gêneros musicais em seu lineup, incluindo o rock, pop, soul, jazz, rap, entre outros.

A diversidade nesse quesito também é um pilar do evento irmão carioca, segundo Roberto Medina, criador de ambos os eventos. Por mais que o Rock in Rio contenha a palavra “rock” no nome, desde o início, havia pluralidade na programação, como explicou à Veja

“A diversidade do Rock in Rio, e agora do The Town, é uma coisa interessante. Tem uma lenda lá atrás que era muito comum ouvir: ‘ah, mas o Rock in Rio era mais rock quando começou. Agora é pop. É isso, é aquilo’. Nunca foi mais rock. Rock in Rio nasce com um espírito transversal porque já nasce pensando em se viabilizar para 1,5 milhão de pessoas.”

- Advertisement -

Para alcançar um grande público, o empresário não queria o festival atrelado a um estilo específico de música. Por isso, logo na estreia em 1985, montou um esquema variado de atrações — que permaneceu nos próximos anos.  

“Eu não poderia falar com nicho nenhum. Tinha que ser transversal do ponto de vista de idade e faixa etária. Eu tinha que ser transversal também na entrega da música. As tribos tinham que estar ali naquele evento. O Rock in Rio começou com jazz, com Al Jarreau e George Benson, com country music, com James Taylor, com forró, axé, new-wave, heavy metal, pop e rock. Essa era a proposta. O rock era uma bandeira que acolhia os diversos estilos musicais. Sempre foi assim e continua sendo.”

Rock in Rio 2024

Para a próxima edição, marcada para 2024, não deve ser diferente. Ao jornal Extra, em 2022, Roberto Medina adiantou que o sertanejo, um dos poucos ritmos que ainda não deu as caras no evento, pode até ganhar seu espaço no futuro.

“Por que não? Tem um momento em que o sertanejo está se juntando com o pop, você vê o Luan Santana, que é um artista que está no meio do caminho. Então, tem uma conexão. E você vê tanta diversidade de música que não vejo problema. Música tem que ser boa, não importa de onde vem.”

Opinião de Roberta Medina

Roberta Medina, filha de Roberto e parte da equipe do Rock in Rio e The Town, demonstrou um ponto de vista semelhante ao do pai. Conversando com a Veja em 2015, a empresária destacou a multiplicidade do festival carioca para além do rock. 

“A ideia inicial do Rock in Rio era que pessoas diferentes pudessem conviver em paz unidos pela música. E música de uma forma abrangente e não de nicho. O rock no nome está ligado à atitude. O rock que é revolucionário, construtivo, otimista. E para ter um público da dimensão do Rock in Rio, não poderia ser focado em um único estilo musical, pois não temos esse mercado. Queríamos ter muitas pessoas diferentes e a música virou ferramenta dessa mistura. O Rock in Rio uniu todos os estilos musicais. Somos um evento dedicado à família.”

Mais recentemente, porém, demonstrou que o sertanejo não deve ganhar espaço no evento. Ao Gshow, ela afirmou:

“Tem tantos ritmos que não estão aqui dentro. O Brasil é sertanejo e a gente não tem nada contra. Mas o The Town e o Rock in Rio seguem uma linha pop rock.”

Sobre o The Town 

Com uma estrutura de mais de 300 mil m² e expectativa de 500 mil presentes durante toda a sua realização, o The Town 2023 ainda tem ingressos à venda para os dias 2 e 7 de setembro, que trazem respectivamente Post Malone e Maroon 5 como atrações principais. Já as demais datas, com Foo Fighters e Bruno Mars como headliners, estão com entradas esgotadas. A programação completa pode ser acessada por aqui.

Os tíquetes podem ser adquiridos para as datas remanescentes por meio do site oficial. Os valores são: R$ 815 (inteira) e R$ 407,50 (meia). Não há taxa de conveniência.

O novo festival estabeleceu uma parceria com o Grupo CCR, que garante que os trens que dão acesso ao local funcionem 24h nos dias. Mais informações clicando aqui.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesRock in Rio “nunca foi mais rock”, diz Roberto Medina
Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

4 COMENTÁRIOS

  1. Tá certo! O negócio é o “dim-dim”, o “cascalho”, a bufunfa”, …! A boa música também é relativo; tem que ter “saradoes ou saradonas”, seminus ou de calças apertadas, se não atrai pouco. É o que vende. Música pela música já não dá mais. Parabéns!

  2. de rock essa porquera não tem nada, o cara visa só o dinheiro e fica tentando disfarçar, rock in rio e the town só é mais um festival qualquer ! é claro que vez e nunca vai umas bandas incríveis, mas são poucas !

  3. Ou seja o negócio é dinheiro sempre foi aí usa o market da bandeira do Rock para fazer uma junção de estilos porque os idealizadores não tem criatividade de botar um nome diferente que não tem nada a ver com o rock brilhante cabecinha É isso aí Aqui no Brasil é o único país que mistura esse tipo de situação não vejo nenhuma evento exterior fazendo esse tipo de bagunça mas tudo bem é jogada de dinheiro como sempre Deus que me perdoe É uma vergonha imensa… só para finalizar eu nunca vi outros estilos chamar o estilo de rock para se misturar cada um sempre teve o seu espaço Mas no Rock in Rio não o negócio é usar o rock como Bandeira tem até a guitarra e tudo mais sinalizando o contexto rock mas aí toca tudo e mais um pouco tá certo Sinceramente não vale nem 10 conto assistir um festival desse com essa aplicabilidade…

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades