The Cure é uma banda cujo legado artístico foi fundamental para o estabelecimento do gótico. O vocalista e guitarrista Robert Smith, inclusive, se tornou ao longo dos anos a personificação do visual associado com o subgênero.
Entretanto, o músico é firme em sua posição de sua banda não ser gótica. Em entrevista à Rolling Stone (via Far Out Magazine), Smith falou:
“Não penso no The Cure como uma banda gótica. Nunca pensei. Cresci num mundo onde o gótico não havia sido inventado da maneira que conhecemos e amamos. E eu fazia parte dessa subcultura apenas na forma de ir à Batcave com [Steve] Severin.”
A Batcave era uma boate em Soho, bairro de Londres. Aberta em 1982, se tornou o epicentro da cultura gótica na cidade.
Severin, por sua vez, foi o baixista do Siouxsie and the Banshees, grupo tão importante quanto o The Cure para o gênero. Curiosamente, Smith também fez parte dos Banshees por dois períodos distintos, em 1979 e depois entre 1982 e 84.
The Cure, Robert Smith e Siouxsie and the Banshees
O Siouxsie and the Banshees também foi pautado por Robert Smith na entrevista à Rolling Stone. Ele afirmou:
“Os Banshees foram praticamente uma banda gótica por um tempo. Mas mesmo assim eles meio que não eram. Existiam bandas góticas – as que foram parte do movimento inicial. Elas eram bandas góticas, e eu não era. Eu estava fazendo ‘Let’s Go To Bed’ quando o gótico começou. Quando fizemos ‘Pornography’ e ‘Hanging Garden’, tinha um visual, uma viba e uma atmosfera, claro. Mas fui eu o responsável pelo gótico? Não. E se eu fosse, estaria muito feliz. Mas eu não fui.”
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Pictures of tou, A letter for Elise não são góticas.