Em um festival do tamanho do The Town, é natural que parte dos fãs esteja ali apenas para assistir ao headliner. No sábado (9), porém, o festival paulistano dos criadores do Rock in Rio evidenciou uma derrapada que já havia ocorrido em outros dias: os vacilos nas escalações de outras atrações internacionais fora o Foo Fighters.
Não se trata de analisar se os shows de Garbage, Yeah Yeah Yeahs e Wet Leg foram bons. Dentro de suas propostas, ofereceram performances satisfatórias. Mas estavam no lugar errado, na hora errada – o que é uma pena, especialmente considerando que são atrações com mulheres na linha de frente.
A pouca adesão do público, contudo, não teve a ver com gênero. Pitty, que abriu os trabalhos no palco Skyline, fez a apresentação mais concorrida do dia com exceção de Dave Grohl e companhia. O problema esteve na falta de diálogo entre as atrações mesmo.
O Garbage bem que tentou, mas não conseguiu engajar a plateia. O Yeah Yeah Yeahs, coitado, foi jogado para substituir o Queens of the Stone Age e aumentou ainda mais a lacuna. E do Wet Leg, admito, deu pena. Tocando em outro palco e logo antes do FF, o duo britânico formado por Rhian Teasdale e Hester Chambers (que até chorou de felicidade pelo público brasileiro) esteve diante de algumas centenas de fãs enquanto dezenas de milhares de transeuntes que mal ligavam para seu som.
Para além do lineup enfraquecido, os problemas estruturais seguiram. Congestionamento humano, visão de palco prejudicada por torres de som e house mix, telões pequenos no palco Skyline, distribuição ruim de palcos (Skyline e The One ficaram apertadinhos e um de frente para o outro, enquanto New Dance Order teve muito espaço e pouco público) e por aí vai.
Há muito o que melhorar. O que não significa que não foi histórico.
*Cobertura realizada com a colaboração de Cínthia Santos. Fotos cedidas pela assessoria de imprensa do The Town.
Pitty faz show grandioso com Nova Orquestra
Em sua primeira edição, o The Town acertou na escalação de artistas nacionais de uma forma que o Rock in Rio até hoje não conseguiu. Em seus respectivos dias, Luísa Sonza e Ludmilla fizeram apresentações mais concorridas do que as de vários gringos que tocaram em horários “melhores”.
Pitty repetiu e até amplificou o feito, já que diferente das outras duas artistas citadas, ela estava diante de um público quase que 100% acostumado à sua obra. Não à toa, a pista do Skyline estava lotada quando ela subiu ao palco, às 16h, após uma gravação de telefone a cobrar onde conversa com o produtor Rafael Ramos sobre o envio de uma demo pelos correios. A tal demo evoluiria para “Admirável Chip Novo”, álbum cujos 20 anos estão sendo celebrados na turnê atual.
Diferentemente da tour, a baiana e sua competente banda de apoio formada por Martin Mendonça (guitarra), Paulo Kishimoto (baixo) e Jean Dolabella (bateria) tocaram apenas parte do disco. Sete canções, para ser mais exato: “Teto de Vidro”, “Admirável Chip Novo”, “Máscara”, “Equalize”, “O Lobo”, “Temporal” e “Semana que vem”. O show era curto e a lista de hits da artista, longa. Era necessário contemplar outras canções, que vieram na forma de “Memórias”, “Pulsos”, “Na sua Estante” e “Me Adora”.
Outra distinção neste caso foi a presença certeira da Nova Orquestra, que engrandeceu e ofereceu caráter único à performance. Pitty, vale lembrar, estudou Música – mais especificamente Erudita – na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Certamente ajudou a maximizar o que foi oferecido pela orquestra, composta majoritariamente por mulheres e formatada em modelo mais simples para a ocasião.
Entre os grandes acertos deste mix entre rock e erudito, estiveram a dramaticidade de “Admirável Chip Novo” (a canção), os arranjos atmosféricos de “Equalize” (com direito a uma interpretação toda pensada com a câmera do telão) e o peso reforçado de “Máscara” e “Memórias” – nesta última, ela reforçou um pedido de roda já feito na introdução e ainda fez referência a “Feel Good Hit of the Summer”, do Queens of the Stone Age. Um show grandioso, tal qual a artista responsável.
Repertório – Pitty:
- Teto de vidro
- Admirável chip novo
- Máscara
- Equalize
- O lobo
- Temporal
- Semana que vem
- Memórias (com trecho de “Feel Good Hit of the Summer”, do Queens of the Stone Age)
- Pulsos
- Na sua estante
- Me adora
Garbage tenta, mas não consegue engajar público
Ninguém pode acusar o Garbage de falta de empenho. Especialmente Shirley Manson. Dona de carisma e presença únicos no rock, a vocalista não se intimidou e tentou, a todo custo, puxar o público que estava posicionado para assistir exclusivamente ao Foo Fighters – banda para a qual abriram show em Curitiba dois dias antes. Faltava entre quatro e cinco horas para Dave Grohl subir àquele mesmo palco Skyline, mas o povo só queria saber dele.
Não dá para negar que isso tirou um pouco do brilho da apresentação realizada por Manson, Duke Erikson (guitarra), Steve Marker (guitarra), e Butch Vig (bateria), com o músico convidado Daniel Shulman (baixo). Uma banda que vendeu oito milhões de cópias apenas com seus primeiros dois discos, o homônimo de 1995 e “Version 2.0” (1998), não deveria precisar disso. Mas as raras visitas ao país – apenas em 2012 e 2016 – e o sumiço do mainstream após os problemas internos a partir da virada do século ajudam a explicar por que o grupo ficou estacionado lá no fim dos anos 1990, quando o headliner Foo Fighters decolou.
Falta de engajamento à parte, o Garbage realizou um show interessante sob uma série de aspectos. Além de oferecer um retrato fiel do rock alternativo da segunda metade dos anos 1990 – com fortes infusões do eletrônico –, a banda se destacou pelo som afiado que até gerava desconfianças de playback, tamanha a perfeição. Vig, Erikson e Marker são ratos de estúdio: o primeiro produziu álbuns seminais do rock como “Nevermind” (Nirvana) e “Siamese Dream” (Smashing Pumpkins) – além de “Wasting Light” (Foo Fighters) – enquanto os outros dois têm longa carreira como engenheiros de som. A escolha de timbres é tão minuciosa que tudo realmente soa como os álbuns.
Manson, curiosamente, vem de outra pegada. Quando foi chamada para o Garbage, nunca havia trabalhado em um estúdio. Sequer criava suas próprias canções. Garantiu a vaga porque o trio de ratos de estúdio queriam (e conseguiram) uma vocalista “como Debbie Harry, Patti Smith, Chrissie Hynde e Siouxsie Sioux” – esta última, homenageada na noite de sábado (9) com uma versão para “Cities in Dust”.
Além do cover, o set trouxe destaques como as grudentíssimas “Supervixen” e “I Think I’m Paranoid” (a segunda foi apresentada como sendo “da época em que a MTV tocava música boa”), a impactante “The Men Who Rule the World”, a embebida em post-punk “Stupid Girl” e a sincerona “Godhead” (introduzida como sendo “sobre como seria minha vida se eu tivesse um p@u”). Nada disso capturou a atenção da maior parte dos presentes em Interlagos.
Ao fim, Shirley admitiu em tom de incerteza que o Garbage está um pouco cansado e não sabe se voltará ao Brasil algum dia. Quem prestou atenção no show certamente lamentou a informação, já que, condições adversas à parte, o grupo demonstrou qualidade de sobra para converter aqueles que lhe deram um voto de confiança.
Repertório – Garbage:
- Supervixen
- #1 Crush
- The Men Who Rule the World
- Run Baby Run
- Wolves
- Cities in Dust (Siouxsie and the Banshees)
- I Think I’m Paranoid
- Stupid Girl
- No Gods No Masters
- Godhead
- Vow
- Only Happy When It Rains
- Push It
Barão Vermelho mostra como se faz show de festival
Parte dos fãs de Barão Vermelho ainda não “comprou” a nova formação da banda, com Rodrigo Suricato. Se já é difícil substituir Roberto Frejat em meio a um dos rompimentos mais esquisitos dos últimos tempos, o novo vocalista e guitarrista não colabora no carisma – a ponto de ter discutido publicamente com este que vos escreve por conta de uma crítica negativa a “Viva” (2019), único álbum de inéditas registrado com o grupo até aqui. Retratou-se posteriormente, é verdade, mas a desavença ajuda a explicar o cenário de desconfiança de uma fatia do público.
Não à toa, o Barão começou seu show no palco The One com público ainda reduzido. Era relativamente fácil chegar próximo à grade. Mas o que eles fizeram após o primeiro acorde da abertura “Por Que a Gente é Assim” permite compreender perfeitamente por que a pista se encontrava abarrotada no solo do encerramento “Pro Dia Nascer Feliz”.
Puristas podem até tentar criticar o Barão não só por estar com um vocalista “substituto”, como também por apostar em um repertório onde quase metade (sete músicas) eram covers – ainda que três de Cazuza, um de Frejat solo (em canção coescrita e aqui cantada pelo tecladista Maurício Barros) e dois do agora adormecido Skank, do convidado especial Samuel Rosa. Mas funcionou. Como dito: o espaço estava lotadíssimo ao fim da apresentação, com todos cantando desde as releituras mencionadas às originais como “Bete Balanço”, “Por Você” e “Puro Êxtase”.
Show de festival é, acima de tudo, conseguir se comunicar com uma plateia imensa e heterogênea. Qual o caminho para isso? Hits. Foram sacrificadas algumas canções como “O Poeta Está Vivo”, “Ponto Fraco”, “Cuidado” e “Down em Mim”, presença confirmada em apresentações solo? Que seja. Há tempos o Barão trata a carreira solo de Cazuza como uma extensão da banda – com justiça inclusive na manutenção do legado do saudoso cantor. “Exagerado”, “O Tempo Não Para” (com direito a Suricato fazer arminha de Bolsonaro ao vociferar “museu de grandes novidades”) e “Codinome Beija-Flor” soaram naturais. E tê-los tocando “Ainda Gosto Dela” e “Vou Deixar” remeteu ao conceito original do Palco Sunset do Rock in Rio, com trocas reais nos encontros de artistas em vez de apenas participações especiais burocráticas.
Mas de nada adiantaria um setlist certeiro sem a performance irrepreensível oferecida por Suricato, Barros, Guto Goffi (bateria), Fernando Magalhães (guitarra) e Márcio Alencar (baixo) – além das duas backing vocals cujos nomes, confesso, não consegui apurar. Todos impecáveis no que se propuseram a fazer. Rodrigo, especialmente, deixou uma impressão positiva inclusive àqueles que, sim, sequer sabiam da saída de Frejat até então (não eram poucos). Da performance vocal respeitosa à execução positivamente exibida na guitarra – com timbraço de Stratocaster e até algumas fritações em solos –, o artista que anos atrás brigava no Twitter parece ter cumprido a promessa em suas redes de fazer o melhor show de sua vida. Como ele próprio disse: “o Barão voltou, p#rra”.
Repertório – Barão Vermelho:
- Por que a gente é assim?
- Bete balanço
- Tente outra vez (Raul Seixas)
- O tempo não pára (Cazuza)
- Solo de bateria
- Meus bons amigos
- Exagerado (Cazuza)
- Por você
- Codinome Beija-Flor (Cazuza)
- Amor pra recomeçar (Frejat, com vocal de Maurício Barros)
- Pense e dance (com Samuel Rosa)
- Ainda gosto dela (Skank, com Samuel Rosa)
- Vou deixar (Skank, com Samuel Rosa)
- Puro êxtase (com Samuel Rosa)
- Maior abandonado (com Samuel Rosa)
- Pro dia nascer feliz (com Samuel Rosa)
Foo Fighters absorve luto e entrega legítimo show de arena
Uma breve licença para adotar a primeira pessoa do singular. Eu me lembro, como se fosse hoje, da ocasião em que soube da morte de Taylor Hawkins. Era fim de noite de sexta-feira, 25 de março de 202. Terminava de assistir pela TV a uma (mediana) apresentação do Strokes no Lollapalooza Brasil, festival para o qual o Foo Fighters estava escalado para se apresentar no domingo (27). Eram os primeiros minutos de sábado (26) quando pelo menos três amigos enviaram uma publicação do grupo no Instagram anunciando a morte de seu baterista.
Parecia que o perfil havia sido invadido. Da mesma forma que pareceu quando Flea anunciou, em um post nada alinhado com seu profissional de social media, a volta de John Frusciante ao Red Hot Chili Peppers no fim de 2019. Como um músico jovem, de 50 anos, poderia ter morrido em meio a uma turnê pela América do Sul, tendo um enorme aparato de segurança e saúde à disposição?
No fim das contas, de nada adiantou a estrutura em seu entorno se o próprio não estava bem. De volta às lembranças pessoais, trabalhei até 4 da manhã naquele dia. Não só tentando apurar informações como, também, lidando com a extrema instabilidade deste site pelos milhares de acessos simultâneos. Mesmo com tudo isso à mesa, só conseguia pensar em como familiares e colegas de banda ficariam a partir dali.
Especialmente Dave Grohl. O vocalista e guitarrista é um verdadeiro labrador humano do rock. Tirando seu ex-baterista William Goldsmith, ninguém fala mal do cara – que realmente parece ser gente fina. E que, acima de tudo, havia encontrado um equilíbrio após o fim traumático do Nirvana e complicações nos primeiros anos de Foo Fighters – o próprio Hawkins, já no início do século, quase perdeu a vida para uma overdose.
Não surpreende que Grohl tenha superado a perda de Taylor – e a da mãe, Virginia, poucos meses depois – da mesma forma que lidou com a de Kurt Cobain: com música. Em outubro de 1994, ele se trancou por alguns dias nos estúdios Robert Lang, em Seattle, para gravar o álbum de estreia do Foo Fighters, lançado no ano seguinte. Fez tudo sozinho. Entre o ano passado e o atual, enfurnou-se no estúdio próprio 606 – agora junto de seus colegas de Foo Fighters, mas reassumindo a bateria além de voz e guitarra – para dar à luz “But Here We Are”, o emotivo 11º disco de estúdio dos Foos.
O baterista multibandas Josh Freese, conhecido pelo currículo que vai de Avril Lavigne a Nine Inch Nails, assumiu o posto de Hawkins para a turnê subsequente ao lado de Grohl, Nate Mendel (baixo), Pat Smear (guitarra), Chris Shiflett (guitarra) e Rami Jaffee (teclados). O luto foi processado e transformado naquilo que Dave e seus parceiros têm feito de melhor: rock de arena com qualidade ímpar.
Antes de chegarmos à catarse coletiva iniciada na introdução monocromática de “All My Life”, há todo aquele caminho já mencionado: o público não quis saber da maioria das bandas que tocaram naquele sábado (9) de The Town. Nos minutos que antecederam o show principal, dava para sentir a ansiedade e até certa tensão no ar. Será que o nosso labrador humano estava pronto para nós?
Ô se estava. Dave é um caso curioso de baterista que se transformou em frontman – e em um dos melhores dos últimos tempos. Sabe conduzir uma plateia como ninguém. E faz isso, na maior parte do tempo, com sorriso na cara. Como pode? Quantas surras esse cara levou da vida para, mesmo assim, seguir encontrando a mais plena felicidade em cima do palco?
É o tal fenômeno da música. Um tipo de arte capaz de colocar 100 mil pessoas num festival de ingressos caros e problemas visíveis de estrutura – apesar do som perfeito –, em gigante maioria, só para ver uma banda. Talvez a maior a ter surgido após o boom do grunge. Se você se sentiu compelido a acompanhar tudo isso, seja pela TV ou (especialmente) in loco, você também é do tipo que continua sorrindo ao ouvir música mesmo depois de apanhar da vida.
Tecnicamente, os Foos realizaram um show certeiro. O desgaste vocal de Dave é compensado com os backing vocals – tendo Chris Shiflett na linha de frente após a partida de Taylor Hawkins – e, em especial, o apoio do público. A parede de guitarras e baixo continua forte, enquanto Freese acrescentou influências punk/metal que seu antecessor, mais orientado ao rock clássico, nem sempre demonstrava ter. Uma injeção de músculos e ânimo necessária ao grupo, que também acertou na escolha do setlist, com representantes de quase todos os álbuns (a exceção é “Sonic Highways”, de 2014).
A sequência de abertura do show com a já citada “All My Life”, o hit poderoso “The Pretender”, a divertida “No Son of Mine” (com trechos de “Paranoid”, do Black Sabbath, e “Enter Sandman”, do Metallica) e “Learn to Fly” não te dá brecha para respirar. “Rescued”, primeira canção nova executada, mostrou o grupo com seu som “raiz”, enquanto a incrível “Walk” começou a colocar cor (dourada) nos telões até então tratados em preto e branco – mesmo padrão da live que apresentou Freese ao público.
Só aqui – e após ter oferecido versões estendidas de quase todas as canções citadas –, Dave nos concede uma pausa. Brinca com quem nunca viu o FF ao vivo e oferece uma versão majoritariamente baladesca de “Times Like These”, com voz e teclado. Descanso necessário aos músicos, mas a agitada versão original cairia melhor. A “oldschool” “Breakout” voltou a tirar o público do chão – e a fazê-lo ficar boquiaberto, com um solo impressionante de Josh Freese. O labrador humano sabe escolher baterista.
A próxima sequência deixou a plateia um pouco dispersa. A insana “Run” teve outro solo de bateria de Josh, no groove intrincado da canção, mas rendeu mais bate-cabeça do que canto em uníssono. A divertida apresentação dos músicos e o hit “My Hero”, também em versão semibalada, retomaram as atenções dos presentes, mas a faixa onde tudo começou para a banda, “This is a Call”, não engajou – e ainda evidenciou as fragilidades vocais de um desgastado Grohl. O clima ameno foi mantido com “The Sky is a Neighborhood” e especialmente “Shame Shame” – se a ideia era trazer uma faixa do álbum “Medicine at Midnight” (2021), poderia muito ter sido “Making a Fire”.
Sobrou para “These Days”, em versão um pouco mais lenta, recobrar as atenções de um público que talvez já estivesse cansado. Tanto ela quanto (e especialmente) a seguinte e ótima “Generator” foram executadas poucas vezes na turnê atual, portanto, boas surpresas. Na mesma pegada da última citada, veio a climática “Aurora”, uma das melhores canções da carreira do Foo Fighters e número fixo no repertório desde a morte de Taylor Hawkins. Era a favorita do baterista, embora não tenha sido executada tantas vezes com ele em vida.
A gostosa “The Glass”, do novo álbum, e o hit incontestável “Monkey Wrench”, com referência até a “Rock and Roll” (Led Zeppelin) na bateria ao fim, construíram clima para as poderosas “Best of You” (apesar dos vocais infelizmente sofríveis de Grohl) e “Everlong” concluírem uma noite onde, repito, praticamente todos estavam ali para ver o Foo Fighters. Felizmente, Dave não se intimidou com isso em nenhum momento. Em suas próprias palavras: “eu adoro plateias gigantes”.
Repertório – Foo Fighters:
- All My Life
- The Pretender
- No Son of Mine (com trechos de “Paranoid”, do Black Sabbath, e “Enter Sandman”< do Metallica)
- Learn to Fly
- Rescued
- Walk
- Times Like These
- Breakout
- Run
- Apresentação dos integrantes com trechos de: Sabotage (Beastie Boys) / Solo de teclado / Blitzkrieg Bop (Ramones) / Whip It (Devo) / March of the Pigs (Nine Inch Nails)
- My Hero
- This Is a Call
- The Sky Is a Neighborhood
- Shame Shame
- These Days
- Generator
- Aurora
- The Glass
- Monkey Wrench
- Best of You
- Everlong
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Chamou-me atenção quando cota que o RR até hoje não conseguiu acertar as escalações de bandas nacionais. Como minha praia é rock e metal, principalmente esse último, acredito que sua afirmação não encaixa nas noites de metal, pois as bandas nacionais, exceto algumas exceções, tem feitos show magníficos
Eu não disse que o Rock in Rio nunca acertou na vida nesse sentido. Quis dizer que nunca houve acerto em uma edição completa como houve nessa, também nesse sentido. Quando acertaram nos dias do metal, vacilaram nos dias dedicados a outros estilos, por exemplo.
sobre a qualidade do som no show do Foo Fighters, penso que foi excelente para quem estava do meio da plateia pra frente (alguns milhares). Quem ficou do meio pra trás (dezenas de milhares de pessoas) teve outra experiência. Bem ruim. A sensação era que, além de baixo, alguma torre estava desligada. impressionante a diferença do show da Pitty, por exemplo, que dava pra ver e ouvir no palco the One (sem atração naquele momento). tem muitas críticas nas páginas do evento, se quiser dar uma conferida.
Assisti ao show de vários pontos diferentes. Comecei no miolo, relativamente perto, e fui me afastando. Não notei problema. Mas posso estar equivocado, ainda mais se há tantas pessoas relatando.