Antes de encontrar o sucesso com o Ghost, Tobias Forge passou por diversas bandas, que iam do indie pop ao black metal. Entre elas, esteve o Crashdïet, que se tornaria referência mundial no sleaze rock. Usando o pseudônimo Mary Goore, o homem por trás das encarnações do Papa Emeritus tocava guitarra e registrou duas demos com o grupo.
Porém, com o tempo, acabou se afastando e buscando novos caminhos musicais. Em entrevista à Metal Hammer, ele relembrou o período histórico que durou entre 2000 e 2002.
“Com o Crashdïet, nunca fomos além de nossa casa. Não consigo dizer quantos shows fizemos, mas não acho que foram mais do que alguns. Especialmente para mim, houve conflito com o cantor, Dave Lepard. Éramos amigos, mas ele claramente queria levar a banda para algum tipo de direção glam-sleaze. Quando penso em ‘glam’, sou mais Hanoi Rocks e Guns N’ Roses – nunca, nunca as outras bandas.”
A seguir, Forge desatou a criticar bandas, deixando claro que a farofa não faz parte de seus hábitos alimentares (ou sonoros, ao menos).
“Eu sei que o Poison veio antes de muitos dos retardatários, mas para mim eles eram repulsivos. Dave queria ficar todo neon e eu queria que, se fôssemos glamourosos, buscássemos influência no Hanoi Rocks, Lords Of The New Church ou The Dead Boys. Eu não quero ser o maldito Stryper, f*da-se eles!”
Após o rompimento da formação que contava com Tobias, o Crashdïet entrou em hiato. Em 2003, Dave Lepard reformou o grupo com novos músicos. Porém, o vocalista acabaria tirando a própria vida aos 25 anos, após o lançamento do primeiro álbum, “Rest in Sleaze” (2005).
A banda seguiu em frente e permanece na ativa até hoje. O disco mais recente, “Automaton”, saiu ano passado. Desde 2017, a função de frontman é ocupada por Gabriel Keyes.