Billy Sheehan é, certamente, um dos baixistas mais notórios da música pesada. Com Mr. Big, Talas, David Lee Roth, The Winery Dogs e Sons of Apollo no currículo, o artista toca seu instrumento de forma peculiar, por vezes adotando técnicas que são mais comuns à guitarra.
Será que Sheehan nunca pensou em se tornar um guitarrista? Por que ele acabou tocando baixo em vez de guitarra, que é um instrumento considerado mais popular?
Em entrevista ao Rocking With Jam Man, com transcrição via Ultimate Guitar, o baixista americano deixou claro as razões que o levaram a adotar o instrumento mais grave. Tudo começou, segundo ele, por conta de um músico que morava perto de sua casa.
“Perto da esquina onde eu cresci, havia um baixista, chamado Joe. Ele era legal, eu queria ser como ele. Ele tinha um grande Fender Precision Bass – lembro que quando o peguei pela primeira vez, fiquei com uma bolha no dedo. À noite, estava na cama, pois ainda era criança, enquanto eles ensaiavam. Mesmo na cama, conseguia ouvir o baixo, porque ele viaja mais longe.”
Dan, irmão de Billy, teve uma função importante ao mostrar desde cedo a sonoridade de baixo para o futuro integrante do Mr. Big.
“Meu irmão sentava comigo, ouvíamos o rádio e ele dizia: ‘esse é o baixo da música, é o que Joe toca’. Eu achava que o baixo era a coisa mais legal do mundo. Muitas vezes, em um filme ou algo assim, quando eles querem fazer uma música que seja legal, você ouve um contrabaixo. Era a coisa legal.”
Billy Sheehan e a guitarra
Ainda durante o bate-papo, Billy Sheehan fez elogios à guitarra, mas destacou que sua paixão sempre foi o baixo. Na opinião dele, o instrumento mais grave combina com suas características físicas.
“A guitarra é ótima, ela fica com toda a glória, mas acho que o baixo tem algo legal que uma guitarra não tem. E eu tenho uma voz grave, sou alto e magro, então o baixo meio que foi feito para mim.”
Por fim, o músico comentou que também toca guitarra – em shows do Mr. Big, ele costumava assumir as seis cordas quando os colegas promoviam as famosas trocas de instrumento no palco. Ele também recorre à guitarra para compor.
“Eu toco guitarra um pouco, posso tocar acordes, toco solo até o nível de Neil Young. Posso enganar um pouco no shredding. Componho muito na guitarra. Mas o baixo é realmente… sou atraído por ele. Adoro o som e o tom, o fato de que toda a sala treme quando você toca baixo, é uma coisa linda.”
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