Lançado em 20 de outubro de 1998, “Reunion” foi o primeiro disco ao vivo oficial da formação original do Black Sabbath – “Live at Last” é considerado um bootleg semioficial, lançado pelo antigo empresário sem consentimento dos músicos, em uma época onde estavam separados.
O alvoroço à época foi grande, especialmente porque muitos sequer esperavam um reencontro. Afinal de contas, Ozzy Osbourne se tornou um gigante solo, enquanto a banda embarcou em uma série de decisões equivocadas de negócios que comprometeu seriamente a carreira. Quem não lembra o Monsters of Rock brasileiro, quando o grupo tocou antes do Slayer, no terceiro posto da grade de atrações?
Ainda assim, a aposta se pagou, apesar dos imbróglios de bastidores. A revista brasileira Showbizz publicou uma resenha do disco feita por Charles Gavin. Nela, o baterista do Titãs exalta o reencontro e seu ídolo Bill Ward.
Sonhos não envelhecem
Black Sabbath ao vivo? Em sua formação original? E aí, vale a pena? Vale. Para começar, este concerto resgata o prazer de ouvir Bill Ward, um dos maiores bateristas do meu tempo, tocando bem como sempre. Traz ainda o insubstituível Ozzy Osbourne.
Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (baixo) se reuniram aos citados acima para um show em comemoração a trinta anos de rock ‘n’ roll. Obviamente, a fúria e energia do Black Sabbath não são as mesmas dos anos 70. Mesmo assim, a performance é excelente, divertida e convincente.
A velha química ainda existe e fica provado que uma boa canção não envelhece nunca. Duvida? Ouça então “Sabbath Bloody Sabbath”, “Snowblind”, “Paranoid” e “War Pigs”, entre outras. Para os fãs eternos e para aqueles que acham Nine Inch Nails o máximo, eu digo que este álbum é absolutamente necessário.
Nota 10
Charles Gavin
Black Sabbath e “Reunion”
“Reunion” foi gravado durante shows realizados nos dias 4 e 5 de dezembro de 1997 em Birmingham, Inglaterra, cidade natal da banda. Duas faixas de estúdio foram registradas como bônus. São as únicas assinadas somente por Ozzy Osbourne e Tony Iommi em toda a história do grupo.
“Psycho Man” é o último registro inédito da formação original. Em “Selling My Soul”, Bill Ward foi substituído por uma bateria eletrônica. O trabalho ganhou discos de platina nos Estados Unidos e Canadá, além da premiação de prata no Reino Unido.
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