Keith Richards não é muito fã de tecnologia digital e se mostrou cético quanto ao uso de ferramentas de inteligência artificial em música. O guitarrista dos Rolling Stones comaprou tais recursos a “brinquedos” da maneira que são utilizadas atualmente.
O tema foi discutido enquanto Richards participava do primeiro episódio do podcast Sidetracked with Annie and Nick da BBC (via NME). O músico compartilhou a seguinte reflexão em meio a um debate sobre vinil ser o futuro dos formatos físicos.
“Se você quiser escutar um disco mesmo… Digo, tecnologia digital é uma cidade de brinquedo. Havia sintetizadores, agora você tem IA, que é ainda mais superficial e artificial. Mas IA é como qualquer outra coisa. Pode ser uma ferramenta, ou pode ser um brinquedo. E na maioria das vezes, todas essas coisas viram brinquedos. Mas é como você usa.”
Richards continuou, pregando sobre o quão importante o processo de gravação musical é:
“Gravar música é uma arte especial, de certa maneira. Não sei muito bem como colocar em palavras. Porque, digo, se desse pra pegar música e o que ela faz e traduzir em palavras, não teria sentido em fazer. Mas vinil vai te dar o que é real, e eu prefiro escutar nesse formato. Eu gosto de real.”
Rolling Stones e os hologramas
O comentário de Keith Richards sobre preferir o que é real pode ir em choque com algo dito recentemente por Mick Jagger. O vocalista da banda mais longeva do rock deu uma entrevista ao Wall Street Journal (via Far Out Magazine) na qual não descartou a ideia de shows usando hologramas, citando o sucesso do espetáculo virtual “Voyager”, criado pelo Abba. Ele falou:
“Dá para ter um negócio póstumo agora, né? Dá pra fazer uma turnê póstuma. A tecnologia avançou desde o negócio do Abba, que eu estava pra ir, mas acabei perdendo.”
Uma turnê de holograma não seria a primeira inovação dos Stones na indústria. Jagger fez questão de ressaltar como o grupo foi um pioneiro de turnês em estádios, o que abriu caminho para vários artistas desde então. Ele comentou:
“Uma das coisas que mais tenho orgulho, com os Stones, é que fomos pioneiros de turnês de arenas, com nosso próprio palco, nosso próprio som e tudo, e fizemos o mesmo com estádios. Digo, ninguém fazia turnês só de estádios.”
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