Em janeiro de 2021, poucos dias antes de completar 55 anos, o baixista e vocalista Marko Hietala anunciou sua saída do Nightwish e retirada do meio artístico. Depressivo crônico, o músico não viu possibilidade de continuar a carreira enquanto lidava com seus problemas pessoais.
Após algum tempo, um retorno foi se desenhando. Recentemente, aconteceu a primeira passagem pela América do Sul na nova fase, junto de Anneke van Giersbergen. Um retorno, junto a Tarja Turunen, está marcado para 2024. Porém, a ideia é manter a carreira em um formato low profile.
Assim sendo, não surpreende a resposta ao MB Live, do México (com transcrição do Blabbermouth), quando questionado sobre a possibilidade de se reunir com Tuomas Holopainen e companhia.
“Eu realmente não penso nisso. Quero dizer, membros da banda não estavam realmente cientes da profundidade dos meus problemas com a depressão. Tentei explicar, mas eu mesmo não tinha real noção do que enfrentava. Só conseguia abordar o assunto com meus médicos e psiquiatras, quando trocávamos medicações e experimentávamos combinações. Mas nunca funcionava a longo prazo. Em algum momento parava e precisávamos testar outras coisas para abrandar os sintomas.”
Marko ainda deixou claro que a pressão sofrida pela banda não é compatível com a vida de alguém em sua condição.
“Sim, há os negócios, mudança de empresas, criação de empresas filiadas às principais e todo o resto. E o que acontece é que todo mundo está querendo arrancar cada centavo da sua b*nda. É muito chato. Mas, novamente, você meio que tem que conviver com isso se quiser fazer isso e reconhecer o quanto tem oportunidades para influenciar e mudar as coisas. Hoje os direitos autorais e os dos músicos não estão à altura do que fazemos. E, claro, com estes dias de forte política populista de direita e tudo mais, eles não estão realmente se preocupando com as pessoas, mas com as empresas que podem nos extorquir.”
Sobre Marko Hietala
Nascido em Tervo, Finlândia, Marko Tapani Hietala formou o Purgatory com seu irmão Zachary em 1982. Dois anos mais tarde a banda mudou o nome para Tarot. Até hoje lançou nove discos, obtendo reputação no underground europeu.
Juntou-se ao Nightwish em 2001, substituindo Sami Vänskä. Além de baixista, agregou a possibilidade de um segundo vocal mais atuantes na música da banda, além de atuar como compositor coadjuvante, assistindo Tuomas Holopainen. Saiu vinte anos depois.
Atua como uma espécie de membro honorário do Delain, se envolvendo em projetos específicos do grupo. Também participou do Ayreon no álbum “The Theory Of Everything” (2013) e do Avantasia em “Ghostlights” (2016).
Integrou o Northern Kings, supergrupo vocal com integrantes do Sonata Arctica e Charon, que lançou dois álbuns de estúdio. Lançou dois discos solo nos últimos anos. Como produtor, assinou obras do Amorphis.
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