A partir do momento que “Nevermind” se tornou uma enorme sensação, foi inciada a discussão sobre o Nirvana ser uma banda vendida. Ou antes mesmo disso, se levarmos em conta que as acusações rolavam desde eles assinarem com o selo DGC.
Dave Grohl deu sua opinião sobre o assunto. O ex-baterista da banda, hoje líder do Foo Fighters, apareceu no podcast “Conan O’Brien Needs a Friend” junto com o baixista Krist Novoselic e o produtor Steve Albini para discutir os 30 anos de “In Utero”, último álbum de estúdio do grupo.
Quando perguntado sobre as acusações de traição do ethos punk ao assinar com uma major, Grohl disse não ter preocupações com isso. Ele descreveu a situação da banda antes de assinar com a DGC (transcrição via NME):
“Antes da gente fazer ‘Nevermind’, estávamos vivendo na miséria. Eu estava morando com Kurt nesse apartamento minúsculo, com espetinhos de salsichão e cigarro pra tudo quanto é lado. Era um nojo. Eu teria feito qualquer coisa para ter o meu apartamento próprio – e conseguir isso através de fazer música.”
De acordo com Grohl, a transição do anonimato ao sucesso do Nirvana foi súbita. Mesmo assim, ninguém conseguiu embolsar US$ 1 milhão da noite pro dia.
O baterista apontou que o estouro da banda significou apenas um aumento na diária de cada integrante. Durante a turnê, eles deixaram de receber 10 dólares para receber 15.
Mesmo assim, quando dinheiro de verdade entrou, Dave disse não se sentir envergonhado de poder pagar a hipoteca da mãe e comprar um carro pra ela. O múisco elaborou:
“Acho que a razão pela qual nunca me senti pessoalmente conflitado foi porque sabia que a banda nunca havia feito nada fora de nossa vontade pra chegar até ali.”
A entrevista completa no “Conan O’Brien Needs a Friend” será publicada nesta segunda-feira (23). Confira trecho a seguir.
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