Fãs menos antenados podem não saber, mas Peter Frampton se tornou um ídolo teen no Reino Unido durante a segunda metade dos anos 1960. O momento trouxe fama e grana. Porém, arranhou sua então ascendente reputação de músico profissional.
Em recente depoimento ao podcast XS Noize – transcrito pelo Rock Celebrities –, o artista refletiu sobre o período e as consequências.
“Eu meio que perdi um pouco da minha reputação como instrumentista por ter aparecido na capa da The Face em 1968. Era uma revista para adolescentes, aquelas garotas que ficavam gritando e tudo mais.”
Quem o “salvou” foi um amigo de infância, aluno de seu pai na escola de artes. Ninguém menos que David Bowie.
“O que David fez foi dar esse presente incrível de me trazer de volta e dizer: ‘Olha, esqueçam tudo isso. Isto é o que ele é. Ele é um guitarrista.’ E o agradeço até hoje, pelo menos uma vez por dia. Sinto muita falta dele, como todos nós.”
Sobre Peter Frampton
Nascido em Beckenham, cidade da região metropolitana de Londres, Peter Kenneth Frampton começou a tocar aos 7 anos, após ter achado um banjo da avó no porão de casa. Foi autodidata na guitarra e piano, tendo posteriormente estudado música clássica. Aos 12, começou a tocar na banda Little Ravens.
Também passou pelo Truebeats e o Preachers, empresariado por Bill Wyman, baixista dos Rolling Stones. Tornou-se fenômeno nacional com o The Herd, que emplacou singles na parada britânica.
Em 1969 se juntou a Steve Marriott no Humble Pie. Após quatro álbuns de estúdio e um ao vivo, saiu da banda. No período, também gravou com Jerry Lee Lewis, Harry Nilsson e John Entwistle, entre outros. Desde 1971, comanda sua carreira solo, que incluiu um dos discos ao vivo mais vendido de todos os tempos, “Frampton Comes Alive!”
Portador de miosite por corpos de inclusão – doença degenerativa que afeta músculos, sobretudo braços e pernas –, Peter Frampton chegou a anunciar a aposentadoria dos palcos, mas mudou de ideia. Segue se apresentando ao vivo e sentado, devido às limitações.
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