Ringo Starr sempre foi considerado o elo mais fraco da fortaleza de talento construída em torno dos Beatles. Uma injustiça, como os próprios colegas e vários bateristas que ajudaram a construir a história do rock sempre fizeram questão de enfatizar. Afinal de contas, seja pelo motivo que for, ele se tornou um herói para vários.
Mas o próprio Richard Starkey também tinha seus ídolos. Na hora de citar o baterista preferido, no entanto, o “músico mais sortudo do mundo” escolheu um nome longe dos óbvios: o americano Jim Keltner, com quem firmou parceria frutífera desde o álbum “Ringo”, lançado em 1973.
Em declaração ao USA Today, transcrita pelo Far Out Magazine, Ringo exaltou:
“Jim é meu herói da bateria de todos os tempos. Ninguém é tão bom quanto ele. Eu amo Jim e isso é tudo.”
Mas também sobrou espaço para elogiar um nome mais recente.
“Já vi Dave Grohl tocar. Ele estava fazendo backup em alguma festa e indo muito bem. Olhei para ele e pensei ‘OK, uau’.”
Keltner também foi reverenciado publicamente por George Harrison, com quem trabalhou na carreira solo e nos dois discos do supergrupo Traveling Wilburys. À época de “Cloud Nine”, o Beatle tímido disse:
“Para esse trabalho tive em mente que gostaria de ter bateristas adequados, mais ou menos como fiz no final dos anos 60, início dos anos 70, ou seja, Keltner e Ringo. Esses dois são perfeitos. Jim é um ótimo baterista de sessão e sempre se mantém à frente ou atualizado com a tecnologia, pode muito bem tocar o que você precisar. Ao mesmo tempo, se quiser que uma máquina toque, ele pode operá-la como ninguém e fazer com que soe como uma bateria de verdade. Quero dizer, ele é chamado de ‘Estenógrafo da Alma’.”
Sobre Jim Keltner
Nascido em Tulsa, Oklahoma, Jim Keltner também tocou com John Lennon. Ainda colaborou com nomes como Ry Cooder, Bob Dylan, Neil Young, Leonard Cohen, Joni Mitchell, Tom Petty e Steely Dan. Atualmente tem 81 anos.
Sobre Ringo Starr
Filho único e nascido no distrito de Dingle, Liverpool, Richard Starkey passou por dois longos períodos da infância internado em hospitais, devido a uma peritonite e tuberculose. Aprendeu bateria como forma de interagir com as pessoas que o rondavam.
Iniciou a carreira profissional nos anos 1950, tocando com uma série de bandas de skiffle e rock and roll. A mais famosa foi o Rory Storm And The Hurricanes, que realizou excursões por Reino Unido e Alemanha.
Em 1962, aceitou convite de John Lennon para se juntar aos Beatles. Permaneceu na banda até o fim, se tornando o mais forte elo de união em meio aos conflitos de personalidade. Apesar de questionado por incautos, ganhou respeito dos fãs e outros músicos pelo carisma e talento.
Dos anos 1970 para a frente, lançou uma série de discos solo, além de tocar em trabalhos de seus antigos colegas e outros artistas, como Carl Perkins, Jerry Lee Lewis e Kenny Wayne Shepherd. Também atuou em filmes.
Desde 1989 comanda a Ringo Starr & His All-Starr Band. A formação muda a cada turnê, sempre contando com músicos consagrados tocando seus maiores hits, além de clássicos da carreira do protagonista.
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