Em junho último, Geezer Butler disponibilizou a autobiografia “Into the Void”. Conforme a sinopse oficial do livro, o baixista do Black Sabbath conta na obra o “seu lado da história” na banda em questão, passando pelo início do grupo, as mudanças de formação, as turnês, a relação com os outros integrantes, entre outros tópicos.
Divulgando o lançamento, o músico concedeu uma entrevista à Classic Rock. Quando perguntado sobre a maneira que retrata o jovem guitarrista Tony Iommi no livro, como se ele fosse uma pessoa assustadora, Butler confirmou a característica. Ainda explicou:
“Ele era assustador antigamente. Tony nunca perdia uma briga, isso é fato. Se algum de nós passasse dos limites, ele nos mostraria isso. Era necessário. Éramos quatro malucos e precisávamos de um líder. Todos nós admiramos Tony. Ele é uma daquelas pessoas que marca presença. Ele impõe respeito. O que quer que ele quisesse fazer, era o que fazíamos. Eu o vi em algumas brigas e não estava disposto a ficar do lado contrário ao dele. Se você falar com Tony, ele é de boa. Ele provavelmente é meu melhor amigo da banda agora. Ainda mantemos contato e nos vemos ocasionalmente.”
Em contrapartida, segundo o baixista, Bill Ward era um doce de pessoa. Mesmo tendo uma personalidade mais equilibrada quando comparada a dos outros integrantes, o baterista conseguia manter uma boa convivência em meio às diferenças.
“Bill é tranquilo. Todo mundo que conhece Bill tem a impressão de que ele é um cara adorável e gentil. E ele é assim mesmo. Ele nunca tem nada ruim a dizer sobre ninguém. Ele é um homem gentil. Como nós três éramos todos violentos, Bill era o cara que acabava fazendo piadas sobre isso o tempo todo. Mas Bill nos entendia e algumas vezes, ocasionalmente, até gostava do que fazíamos. Para mim, sempre pareceu estranho que quatro caras que moravam literalmente na esquina um do outro gostassem do mesmo tipo de música e estivessem disponíveis na hora certa.”
Sobre Geezer Butler
Terence Michael Joseph Butler, mais conhecido como Geezer Butler (Birmingham, Inglaterra, 17 de julho de 1949), fez história como baixista do Black Sabbath. Além de ter sido um dos membros fundadores da banda e revolucionado a forma de se tocar seu instrumento dentro do rock, foi ele quem escreveu a maioria das letras do grupo durante a era Ozzy Osbourne. Inspirava-se fortemente em sua fascinação por religião, ficção científica, fantasia e horror, bem como seus pensamentos sobre o lado negro da humanidade e a constante ameaça de aniquilação global que este representa.
Começou como guitarrista na banda Rare Breed, que fundou em 1967 e que mais tarde contaria com Ozzy Osbourne como vocalista. Mudou para o baixo quando, com o Black Sabbath (anteriormente chamado The Polka Tulk Blues Band e Earth) formado, decidiu-se que a banda teria apenas Tony Iommi como guitarrista.
Butler foi um dos primeiros baixistas a usar pedal wah-wah em seu instrumento e a usar uma afinação um tom abaixo; no caso, D (Ré), que se tornou muito comum em bandas de heavy metal.
Além de seu trabalho com o Black Sabbath, participou também da banda solo de Ozzy Osbourne (com a qual gravou um álbum de estúdio e dois ao vivo), fundou o projeto solo GZR e integrou o supergrupo Deadland Ritual. Após o fim deste último, em meados de 2020, declarou-se aposentado das atividades musicais.
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