Uma das características que diferenciou o Angra das outras bandas de power metal foi a influência da música brasileira em suas composições. Desde o debut “Angels Cry” (1993), as características já se faziam presentes, tendo sido intensificadas e quase institucionalizadas no sucessor, “Holy Land” (1996).
Porém, nem todos confiavam que mistura de elementos daria certo. Em entrevista ao Blabbermouth, o guitarrista Rafael Bittencourt deixou claro ter sido o principal incentivador da adoção da proposta. Com direito a revelar:
“Vou te dizer uma coisa: meus colegas de banda, no começo, não acreditavam que o material brasileiro chamaria a atenção de pessoas de fora do Brasil.”
Pressionado pelo entrevistador a ser mais específico, o único membro original ainda presente disse:
“Andre (Matos, vocalista) gostava muito de música brasileira, mas no começo desconfiava de como o público do metal reagiria. Ele tinha uma base de fãs da época do Viper. Quando comecei o Angra, eu não tinha nenhum fã. Queria explorar e experimentar. Ele estava muito desconfiado e preocupado em decepcioná-los. É por isso que em ‘Angels Cry’ você tinha apenas uma música assim. Os produtores Charlie Bauerfeind e Sascha Paeth ficaram muito surpresos com essa combinação em ‘Never Understand’. Todos na banda mudaram de ideia depois. É por isso que em ‘Holy Land’ ficamos tão cheios de sons brasileiros.”
Angra e “Cycles of Pain”
O Angra está lançando seu 10º álbum de estúdio. “Cycles of Pain” conta com participações especiais da vocalista americana Amanda Somerville (em “Tears of Blood”), dos cantores brasileiros Lenine (em “Vida Seca”) e Vanessa Moreno (em “Tide of Changes – Part II” e “Here in the Now”) e da pianista Juliana D’Agostini (também em “Tears of Blood”).
O trabalho foi produzido, mixado e masterizado por Dennis Ward, que trabalhou em álbuns clássicos como “Rebirth” (2001) e “Temple of Shadows” (2004).
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