A técnica de baixo que Paul McCartney pediu para Stanley Clarke lhe ensinar

Músico participou de dois álbuns do eterno Beatle e, como o próprio destacou, se divertiu muito durante o processo

Paul McCartney já colaborou por mais de uma vez com Stanley Clarke. O baixista de jazz participou de dois álbuns solo do eterno Beatle: “Tug of War” (1982) e “Pipes of Peace” (1983), ambos produzidos por George Martin.

Na verdade, suas contribuições acabaram indo além dos dois discos. Clarke ensinou para Macca uma técnica específica de baixo durante as gravações dos projetos: slap.

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Como o próprio músico contou para a Bass Player, a troca entre ambos naquele momento foi muito divertida. 

“Paul queria um som de baixo diferente naqueles álbuns e é por isso que ele pediu para [o produtor] George Martin me contatar. Paul pediu para que eu o ensinasse como fazer slap. E eu levei alguns baixos para ele. Acabei me divertindo muito porque Paul é um cara legal.”

Até hoje, Clarke fica emocionado pela parceria na faixa “Hey Hey” – na qual tocou baixo e foi creditado na composição.

“Começamos a improvisar um groove, que entrou no álbum com o nome de ‘Hey Hey’. Paul graciosamente me deu um crédito de co-composição, o que ele não tinha que fazer. Ainda é uma emoção ver meu nome ao lado dele nos créditos.”

Stanley Clarke, Paul McCartney e os Beatles

Stanley Clarke considera as gravações com Paul McCartney entre as “mais memoráveis”. Também durante a entrevista para a Bass Player, o baixista explicou o motivo – que envolve a paixão pelos Beatles:

“Paul definitivamente teve uma influência no meu jeito de tocar baixo, especialmente quando cheguei à adolescência e os discos dos Beatles se tornaram mais ousados. Como fã dos Beatles, uma das minhas faixas favoritas é ‘Come Together’, porque a linha de baixo é a música inteira. Isso foi parte da minha inspiração para compor ‘School Days’, assim eu poderia tocar a linha de baixo e as pessoas ouviriam uma música inteira.”

A admiração é recíproca. À revista Club Sandwich, de seu fã-clube, em 1983, Macca admitiu certa insegurança em trabalhar com nomes fortes na época – como Michael Jackson, Stevie Wonder e o próprio Clarke – e elogiou o baixista:

“Eu sempre pensei que algumas das pessoas com quem trabalhei eram grandes e eu sempre fui tímido para tocar com elas. Pessoas como Stanley Clarke, por exemplo. Quando eu falava com as pessoas sobre isso, elas, diziam ‘uau, o Stanley!’. Mas, claro, ele é um bom rapaz, alguém legal para conversar e agradável de se estar. Gravar com ele não foi tão assustador quanto eu pensava.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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