Quase um ano e meio após o anúncio da criação do tributo oficial ao Pantera, o vocalista Phil Anselmo realizou sua primeira manifestação pública. O cantor participou do podcast The Metallica Report, junto do baixista Rex Brown. Os dois fizeram parte da formação clássica da banda, sendo acompanhados pelo guitarrista Zakk Wylde (Ozzy Osbourne, BLS) e o baterista Charlie Benante (Anthrax) atualmente.
A entrevista não acontece por acaso, já que o quarteto vem acompanhando James Hetfield e companhia na turnê “M72”. Conforme transcrição do Blabbermouth, o frontman falou sobre como tem sido voltar à estrada tocando as músicas que o projetaram nos anos 1990.
“É fortalecedor. É incrivelmente lindo, você sente muito amor quando está lá em cima. E se você absorver, é uma sensação ótima, cara. Hoje em dia eu e Rex podemos curtir mais os shows. Quando éramos mais jovens, estávamos em guerra no palco, com raiva. Agora posso me concentrar em cantar as músicas e é um alívio para mim. Não preciso mais quebrar meu maldito corpo.”
O intérprete também exaltou os novos companheiros e suas atuações honrando o material.
“Aqueles dois caras são muito entusiasmados. Já possuem seus próprios legados sem nós. É uma honra tocar com eles, são as pessoas mais legais do mundo. Zakk é um maluco e um querido. E conhecemos Charlie desde 1987, cara. É muito tempo. A maneira como toca as partes de Vinnie (Paul, baterista) é estranha. Não acho que exista algum baterista por aí que possa tocar do jeito que Vinnie tocou. Eu fechava os olhos, porque estava tentando ficar tenso, e às vezes se eu fechar os olhos consigo ouvir um pouco melhor. E sentia uma lágrima de alegria escorrendo, porque isso era muito parecido com o que Vinnie e eu costumávamos tocar. Então você tem a base. Os graves soam tão Pantera que assustam.”
Phil Anselmo sobre Vinnie Paul e Dimebag Darrell
Em relação a uma possível reprovação dos antigos colegas de banda e desafetos nos últimos anos de vida, Anselmo declara:
“A única coisa que posso dizer é que tenho certeza de que Vince e Dime iriam querer que fizéssemos isso, sem dúvida. Eles iriam querer que a marca Pantera seguisse em frente. Gosto de pensar que estão nos dando sinal de positivo.”
O que dizia Vinnie Paul
Falecido em 2018, Vinnie Paul se posicionava contra uma possível reunião do Pantera. O baterista dizia que não havia como retomar a banda sem seu irmão, Dimebag Darrell, assassinado em 2004.
Ao EMP Rock Invasion, em 2014, Vinnie declarou:
“As pessoas são egoístas. Elas querem o que querem; não se importam com o que você quer. E é lamentável que as pessoas digam que é só trazer Zakk Wylde para o palco e teremos o Pantera de novo. Não é tão simples. Se Eddie Van Halen levasse quatro tiros na cabeça na próxima semana, todo mundo diria: ‘ei, Zakk, vá tocar no Van Halen’. É estupidez. Chamam de ‘reunião’ por uma razão. Trata-se de reunir os membros originais de volta ao que eram. Há muitas dessas coisas que eles chamam de ‘reuniões’ que não são realmente reuniões. Eles têm um cara e a banda flutua em torno dele. Não é uma reunião verdadeira. Com o Pantera, isso nunca será possível.”
Tributo ao Pantera
Além de acompanhar o Metallica, o tributo ao Pantera fará uma turnê norte-americana com o Lamb of God em 2024. O projeto teve sua estreia na América Latina em 2022, com direito a dois shows em território brasileiro, ambos em São Paulo: um no Knotfest e outro em parceria com o Judas Priest.
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