Slash foi responsável por alguns dos solos de guitarra mais “cantaroláveis” das últimas décadas, especialmente nos primeiros álbuns do Guns N’ Roses. Alguns questionam sua técnica, mas é inegável que ele sabe como fazer passagens marcantes, embora nem sempre elaboradas – o que só aumenta seu mérito.
Em entrevista de 2019, à revista francesa L’Obs, o homem da cartola e da Les Paul foi convidado a escolher seus três exemplares preferidos no tema. O próprio reconheceu ser uma tarefa complicada, mas indicou alguns fora do habitual.
Conforme transcrição do Far Out Magazine, ele começou dizendo:
“Esta é uma pergunta difícil porque não há um solo que se destaque para mim como sendo o mais essencial de todos os tempos. Há muitos realmente importantes, mas um dos que realmente me inspirou foi o de uma música chamada ‘Blinded by the Light’, feita por Manfred Mann. Há um solo nela que é realmente épico em seu arranjo, na maneira como entrou na música. Isso seria algo que muitas pessoas provavelmente não esperariam.”
A versão original de “Blinded by the Light” foi escrita por Bruce Springsteen e marcou presença em seu álbum de estreia, “Greetings from Asbury Park, N.J.” (1973). A regravação da Manfred Mann’s Earth Band saiu quatro anos depois, chegando ao topo da parada nos Estados Unidos.
Para sua segunda seleção, Slash nomeou “Baker Street”, composição de 1978 do escocês Gerry Rafferty.
“Este é outro solo épico dos anos 70 como parte de um grande arranjo musical. Curiosamente, nesses dois não sei quem eram os guitarristas nem nada.”
Vamos ajudar: na primeira foi Dave Flett, na segunda Hugh Burns.
Para completar, uma escolha mais óbvia: “Whole Lotta Love”, do Led Zeppelin.
“Fecho com ‘Whole Lotta Love’, do Led Zeppelin. Uma das melhores coisas sobre a forma de tocar de Jimmy Page é que ele encaixava seu estilo, pelo menos no disco, dentro do contexto da música. Não era apenas um solo de guitarra. Lembro de escutá-la aos 7 anos de idade. Atribuí aquele som – que achei ser o mais legal que já ouvi naquela época da minha vida – à Les Paul…Eu sabia que era uma Les Paul fazendo aqueles timbres de guitarra porque vi fotos de Jimmy Page segurando uma – então foi isso que me fez a associar com esse tipo de som.”
Slash no Brasil
Recentemente, Slash anunciou 4 shows no Brasil com o Myles Kennedy & The Conspirators para o ano que vem. As apresentações fazem parte da recém-anunciada “The River Is Rising – Rest of the World Tour ’24”. Eis as datas e locais:
- 29/01 Belo Horizonte, Arena Hall
- 31/01 São Paulo, Espaço Unimed
- 01/02 Rio de Janeiro, Qualistage
- 04/02 Porto Alegre, Pepsi on Stage
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Roqueiros que apontam “melhores” pescando obscuras peças de museu e rotulando como “solos épicos” buscam apenas puro exibicionismo cultural.
E quem se acha no direito de questionar escolhas do Slash sobre dos de guitarra quer o que?
Ninguém tem o direito de escrachar qualquer tipo de manifestação musical…existem vários gêneros para todos os gostos e opiniões sobre quem viveu a época de grandes nomes do rock internacional é muito mais assertivo !