O melhor disco de rock progressivo da história, segundo Steve Lukather

Escolha recaiu sobre o quinto trabalho de estúdio de uma lendária banda britânica, seu maior sucesso nos EUA

Para ouvintes menos atentos, a influência progressiva no som do Toto pode não ser tão evidente. Os aspectos pop e melodic rock acabam se sobressaindo, especialmente levando em conta os hits radiofônicos. Porém, levando em consideração a execução técnica dos integrantes, como o guitarrista e eventual vocalista Steve Lukather, é possível avaliar a questão sob outra perspectiva.

Em entrevista ao Classic Rock History, Lukather nomeou a obra do gênero que mais o influenciou. A escolha, como esperado, veio de um grupo inglês.

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Ele declarou:

“‘Close to the Edge’, do Yes, é a maior peça de rock progressivo já escrita, na minha opinião. Steve Howe era um herói meu naquela época. Não havia nenhum guitarrista como ele e a banda era muito coesa. Eu os vi ao vivo muitas vezes nos velhos tempos, incluindo a turnê desse disco. Soavam exatamente como no estúdio em uma época onde não havia nenhum truque possível. A produção ao vivo, simplesmente tudo, o som, era incrivelmente legal! Este álbum é verdadeiramente genial e todos brilham nele. É uma música atemporal!”

Mike Portnoy concorda com Steve Lukather

Ano passado, a mesma opinião havia sido compartilhada por Mike Portnoy. Durante participação no podcast “Prog Report”, transcrita pelo Ultimate Guitar, o recém-regresso membro do Dream Theater destacou:

“Este é a quintessência, talvez o maior álbum progressivo de todos os tempos. Certamente um dos meus favoritos da história. Reúne tudo que prog significa. É um disco perfeito. Faz parte da santíssima trindade da banda, com o ‘The Yes Album’ e ‘Fragile’. Começa com a faixa-título, que é uma das maiores peças prog já escritas, junto com ‘Supper’s Ready’ do Genesis. No lado dois temos ‘And You And I’ e ‘Siberian Khatru’. As três são perfeitas.

E essa é a formação que fez apenas dois álbuns naquela época. É até estranho lembrar que só fizeram dois álbuns com Anderson, Squire, Howe, Wakeman e Bruford. Como disse, para mim é o melhor álbum progressivo de todos os tempos. Se há algo que precisa representar esse gênero, esse é o disco para mim.”

Yes e “Close to the Edge”

Quinto trabalho de estúdio do Yes, “Close to the Edge” foi o maior sucesso comercial da carreira da banda nos Estados Unidos, chegando ao 3º lugar na Billboard 200, além de 4º no Reino Unido. Marcou a despedida do baterista Bill Bruford em sua primeira passagem.

Com 18 minutos de duração, a faixa-título é inspirada na obra “Sidarta” (1922), do escrito alemão Hermann Hesse. Nas mesmas sessões, o grupo registrou uma versão para “America”, de Simon & Garfunkel. Ela foi lançada como single avulso, além de entrar em relançamentos do disco e coletâneas.

A capa marcou a estreia do que se tornaria o logotipo oficial da banda, desenhado por Roger Dean.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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