O guitarrista e líder do Angra, Rafael Bittencourt, concedeu entrevista à revista Guitar World. Nela, falou sobre o significado das faixas do novo álbum do grupo, “Cycles of Pain”. Lançado no último dia 3 de novembro, o trabalho é o décimo de estúdio da banda brasileira, que recentemente festejou 30 anos do seu debut, “Angels Cry”.
Único presente em todos os registros, o instrumentista e eventual vocalista foi questionado sobre qual seria a faixa do disco em divulgação seria a que possui maior significado para si. Não deu para escolher apenas uma.
“‘Faithless Sanctuary’ se destaca pela intensa combinação de elementos brasileiros e thrash metal. ‘Ride Into the Storm’ é uma música épica de power metal com diferentes dinâmicas e atmosferas. A faixa-título é semelhante a uma balada muito emocionante. Além disso, a música ‘Tears of Blood’ é um dueto entre Fabio Lione e a cantora americana Amanda Somerville, onde Fabio é o assassino de sua amada, enquanto Amanda é o espírito dos mortos voltando para assombrá-lo como a personificação de sua culpa.”
A seguir, o artista respondeu sobre a faixa que melhor representaria as raízes do Angra. Não sem antes fazer algumas pontuações.
“‘Tide of Changes’ é uma linda música de rock progressivo. Ainda há ‘Vida Seca’, que é significativamente influenciada pela música brasileira e conta com Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, um famoso artista brasileiro. E ‘Gods of the World’ é uma música de power metal escrita sobre um riff de guitarra 7/4.”
As músicas que representam Rafael Bittencourt hoje
Partindo para uma abordagem individual, Rafael Bittencourt ainda revelou os registros que representariam o guitarrista que ele é hoje.
“Em ‘Ride into the Storm’ tive que palhetar em um ritmo de 175bpm que precisava de muita preparação. No solo de ‘Here in Now’, toquei batidas com cordas abertas sobre uma harmonia bem jazzística e um solo muito melódico do qual tenho muito orgulho. E o riff de guitarra de ‘Gods of the World’ combina os compassos estranhos do metal progressivo e os riffs tradicionais do power metal. Também adoro o solo de ‘Vida Seca’ porque soa melódico e técnico ao mesmo tempo.”
Angra e “Cycles of Pain”
“Cycles of Pain” conta com 12 faixas em seu tracklist convencional. É o primeiro trabalho de inéditas a repetir uma formação desde “Aurora Consurgens” (2006). O grupo conta hoje com Fabio Lione (voz), Rafael Bittencourt (guitarra), Marcelo Barbosa (guitarra), Felipe Andreoli (baixo) e Bruno Valverde (bateria), a mesma configuração responsável pelo antecessor, “Ømni” (2018).
Dennis Ward (Helloween, Magnum, Firewind) ficou a cargo da mixagem e masterização. A capa foi feita por Erick Pasqua com layout de Jonathan Canuto. Entre os convidados do trabalho, também estão a cantora americana Amanda Somerville (em “Tears of Blood”) e os brasileiros Lenine (cantando em “Vida Seca”), Vanessa Moreno (com vocais em “Tide of Changes – Part II” e “Here in the Now”), e Juliana D’Agostini (no piano também em “Tears of Blood”). Há ainda as colaborações do guitarrista Kiko Loureiro e de Fernanda Lira (Crypta) no que se descreve como uma faixa bônus japonesa e versão alternativa de uma das músicas do disco.
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