Avenged Sevenfold morreu para muitos fãs com “Life is But a Dream…”, diz Synyster Gates

Guitarrista citou relação dos pais com os Beatles como exemplo de variedade de opiniões em relação a uma obra

Em uma nova entrevista concedida à revista Metal Hammer, o guitarrista do Avenged Sevenfold, Synyster Gates, discutiu a natureza experimental do último álbum da banda, “Life is But a Dream…”. Produzido pela banda em parceria com Joe Barresi, o disco propõe uma viagem através de uma crise existencial, oferecendo uma exploração muito pessoal do significado, propósito e valor da vida tendo a ansiedade da morte sempre iminente.

O resultado do projeto dividiu os fãs. O instrumentista declarou não ter se surpreendido com as reações. E ainda profetizou que as opiniões terão diferentes perspectivas com o passar do tempo. Sobrou espaço até para uma comparação envolvendo a família e o quarteto que mudou a história da música.

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“Acho que com um álbum como esse, o tempo está a seu lado. Tenho usado esta analogia: a banda favorita dos meus pais é os Beatles. Minha mãe odeia tudo pós-‘Sgt. Pepper’s’, meu pai não podia se importar menos com os primeiros discos. Os dois ainda respeitam isso, mas não é para eles. Então, para minha mãe, ‘Sgt. Pepper’s’ foi a morte dos Beatles e acho que, para muitas pessoas, ‘Life is But a Dream…’ é a morte do Avenged Sevenfold. Ao mesmo tempo, para muitas outras pessoas, é o nascimento de uma banda diferente.”

Quanto às reações online, o músico reconheceu que a disparidade trouxe efeitos interessantes.

“Curiosamente, pensei que poderia acontecer qualquer coisa quando saiu o disco. Na verdade, tivemos um apoio incrível da imprensa, então não quero fazer as pessoas pensarem que sentimos que não somos apoiados. Na verdade, sinto que é bom que não tenha sido ignorado. Mesmo quando houve críticas negativas, significou que as pessoas falaram sobre isso. Elas ainda estão interessadas em nós, então isso é tudo que eu poderia pedir, na verdade. Sinto que os comentários negativos são minoria. Acho que as pessoas foram muito atenciosas ao considerar este álbum.”

Os maiores haters do Avenged Sevenfold

Anteriormente, o vocalista M. Shadows já havia falado abertamente sobre a relação tóxica da banda com parte de sua base de adeptos. Em postagem no X/Twitter, ele declarou:

“NINGUÉM odeia o Avenged Sevenfold mais do que os fãs do Avenged Sevenfold odeiam o Avenged Sevenfold.”

Sobre “Life is But a Dream…”

Oitavo disco de estúdio do grupo, “Life is But a Dream…” chegou ao 13º lugar na parada norte-americana. Ainda foi Top 10 em outros 7 charts entre Europa e Ásia. A maior parte da crítica elogiou as novas abordagens sonoras exploradas pelos músicos durante o tracklist.

As gravações duraram quatro anos. Foi o primeiro trabalho a contar com ideias musicais do falecido baterista Jimmy “The Rev” Sullivan desde “Nightmare” (2010). Assim como em “The Stage” (2016), a própria banda assinou a produção em parceria com Joe Barresi.

A inspiração das letras é “a escrita e na filosofia de Albert Camus”, escritor franco-argelino militante da Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial e notório pelas reflexões existencialistas. A formação atual ainda conta com Zacky Vengeance (guitarra rítmica), Johnny Christ (baixo) e Brooks Wackerman (bateria).

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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