Aos 75 anos, o baterista Ian Paice não quer fazer estimativas de quanto tempo o Deep Purple ainda teria pela frente. Único presente em todas as formações da banda, o músico sofreu um AVC em 2016. A recuperação foi rápida e a agenda retomada sem maiores atropelos.
Durante entrevista ao Zoom, transcrita pelo Blabbermouth, o instrumentista deixou claro não fazer planos em relação a um desfecho. Porém, também reconhece que o fim é inevitável.
Ele declarou:
“Nunca planejamos uma data em que iremos parar de trabalhar. Somos realistas. Todos estão envelhecendo e chegará um ponto em que talvez um ou dois de nós não queira mais fazer isso ou não seja fisicamente possível. Mas não pensamos nisso. Ainda estamos nos divertindo. Muitas pessoas gostam do que fazemos e, desde que essas duas coisas permaneçam em harmonia, continuaremos.”
Sendo assim, os fãs não devem esperar por algum anúncio mais definitivo quanto a uma saída de cena. As coisas acontecerão de forma espontânea.
“Acho que nunca saberemos qual será o último show, qual será a última turnê. É algo que apenas chegará e nos dará um tapa na cara. A menos que haja um plano definido, o que não existe, para fazer algo como um adeus, só acho que iremos apenas dizer: ‘Desculpe, pessoal … Terminamos. Não podemos mais fazer isso. Foi maravilhoso.’ Mesmo assim, acho que se parássemos de fazer turnês, não há razão para que não pudéssemos gravar mais discos. Essa é a coisa mais fácil do mundo. Tudo o que você precisa fazer é ter ideias.”
Deep Purple atualmente
Desde o ano passado, o Deep Purple conta com o guitarrista irlandês Simon McBride na formação, ao lado de Ian Gillan (vocal), Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria) e Don Airey (teclado). Ele substituiu Steve Morse, que se retirou para cuidar da esposa, que enfrenta um câncer.
Ainda com Morse no lineup, o álbum mais recente lançado pelo grupo foi “Turning to Crime” (2021). Composto apenas por covers, o trabalho chegou ao Top 10 em 6 paradas europeias, com destaque para o 5º lugar nas paradas da Alemanha e Áustria.
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