A treta entre Edu Falaschi e os remanescentes de seu período no Angra parece estar chegando ao fim. Em entrevista ao Flow Podcast, o vocalista disse que uma das razões para o conflito — uma situação envolvendo direitos autorais — está resolvida.
O cantor adotou cautela ao destacar que ainda não se encontrou pessoalmente com os ex-colegas para selar a paz. De seu período no grupo, permanecem na banda o guitarrista Rafael Bittencourt e o baixista Felipe Andreoli. O também guitarrista Kiko Loureiro deixou a formação para se juntar ao Megadeth, enquanto o baterista Aquiles Priester toca com Falaschi em seu grupo solo.
Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, Edu afirmou:
“Todos sabem que rolou uma ruptura quando saí. E quando comecei a carreira solo, teve um momento tenso. Agora, nos resolvemos. Não ficamos brothers, não nos encontramos pessoalmente, mas eles vão relançar o catálogo da banda, eu vou lançar o meu DVD ‘Temple of Shadows in Concert’ — que não foi lançado no Brasil por causa de direitos —, vou lançar o DVD do ‘Vera Cruz’ com o ‘Rebirth’ completo. Finalmente, né?”
- Em 2020, Rafael Bittencourt negou ter vetado DVD de Edu Falaschi, explicou caso e criticou o cantor
- Também na época, Edu Falaschi explicou o erro que gerou bloqueio em direitos autorais
- No período, Aquiles Priester disse que o DVD não foi liberado no Brasil porque “pessoas iriam comparar”
O vocalista reforçou ter ficado muito feliz com o encaminhamento para uma paz entre ambos os lados.
“Acho que estamos chegando a esse amadurecimento para virar essa página. A parada de se acertar com o lance dos direitos para mim é tipo: ‘p#ta, car#lho, sai essa zica’.”
Como já mencionado, o Angra pretende relançar os álbuns de sua discografia, ou ao menos os trabalhos gravados com Edu — a saber: “Rebirth” (2001), “Temple of Shadows” (2004), “Aurora Consurgens” (2006) e “Aqua” (2010). Edu comentou:
“Eles estão liberados para relançar a discografia inteira do Angra. Notícia boa para os fãs, pois ficava essa discussão e os fãs já estavam de saco cheio. Agora resolveu essa parte (de direitos autorais).”
Por fim, Falaschi disse manter contato mais regular apenas com Felipe Andreoli. Em 2020, o vocalista havia revelado que voltou a conversar com Kiko Loureiro após oito anos.
“Não tive contato com os caras pessoalmente. Com o Felipe eu falo mais, via WhatsApp, mas é isso, um abismo perto do que era antes. O tempo vai dizer, mas acho que todo mundo está mais de boa.”
Projetos seguintes de Edu Falaschi
Ainda durante entrevista ao Flow Podcast, Edu Falaschi contou que pretende celebrar o 20º aniversário de “Temple of Shadows”, álbum do Angra que já havia sido comemorado em uma turnê no ano de 2019, gerando o já mencionado DVD “Temple of Shadows in Concert”. Ele também planeja fazer um show — e revelou ter a intenção de estender para uma tour — em homenagem aos 20 anos do DVD ao vivo “Rebirth World Tour: Live in São Paulo” (2002), também de seu ex-grupo.
“Iremos celebrar os 20 anos do ‘Temple of Shadows’. Esse ano acabamos de ter os 20 anos do DVD do ‘Rebirth’, o ‘Live in São Paulo’. Muitos fãs me escrevem perguntando por que não canto ‘Carry On’ ou ‘Make Believe’. Eu digo que não sou dessa época e a pessoa não sabe, pois conheceu essas músicas comigo, no DVD. Existe um projeto de fazer um show celebrando os 20 anos do DVD ‘Rebirth’. Esse DVD virou até meio meme, porque eu tinha algumas falas que eu dizia meio errado, inocente pra car#lho, acabando de chegar no Angra. A galera fala até hoje, decoraram as falas do DVD e brincam comigo. E tem toda a aura desse DVD. Temos vontade de fazer uma turnê tocando esse DVD na íntegra.
Seria algo super inusitado por voltar a cantar músicas da época do Andre. Era algo que fazia no Angra, mas até agora não fiz solo. Será a única vez que vou fazer isso, porque para celebrar esse DVD de novo, é só daqui 10 anos. E aí daqui 10 anos eu já parei, já estou aposentado [risos]. Quero tocar o DVD como ele é, real, na íntegra, com ‘The Number of the Beast’ (Iron Maiden). Será inusitado por me ter cantando músicas como ‘Carry On’, mas será legal. Um ano comemorativo. E em um momento em que a gente já se acertou.”
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