Hoje em dia, é comum ver um mar de celulares levantados durante os shows, filmando cada detalhe das performances. Enquanto músicos como Zakk Wylde não enxergam nenhum problema na atitude e até a incentivam, outros, como Gene Simmons (Kiss) e Tool, são contra o uso, por acreditarem que o aparelho prejudica a experiência.
John Petrucci trouxe um novo tópico para a conversa. Em entrevista à Guitar Player (via Rock Celebrities), o guitarrista do Dream Theater não condenou nem aprovou a prática: apenas confessou sentir certa pressão quando está em cima do palco e percebe os smartphones voltados para si.
“Sempre que preciso tocar uma parte difícil, olho para o público e há centenas de telefones apontados para mim. Todo mundo está me filmando e eu sei que esse vídeo vai ficar online para centenas de milhares de pessoas verem. Isso pode mexer com a sua cabeça, se você deixar.”
Segundo o integrante, antes do surgimento das redes sociais, era muito mais fácil para os artistas lidar com erros. A repercussão dos deslizes não acontecia de maneira tão rápida.
“Antes dos celulares e da internet, se você errasse algo no palco, depois do show isso acabava e você podia simplesmente seguir em frente.”
A insegurança de John Petrucci
Para o canal do guitarrista sueco Ola Englund em fevereiro, Petrucci já havia abordado a insegurança de executar ao vivo as partes mais difíceis das músicas. Não importa quanto pratique, ele tem consciência de que está suscetível às falhas.
“Enquanto está em turnê, você pode praticar no backstage. Mas então você vai para o palco, começa a tocar e todo mundo lá que comprou ingressos está esperando para ver você fazendo isso. E você pensa que a única coisa que você deve fazer no momento é tocar sua própria música. Então, muitas vezes, vou treinar as partes mais difíceis do show e ainda não tocarei direito. Depois que sair do palco vou pensar ‘tudo bem, tenho outro dia para treinar’ e tentar de novo.”
Dream Theater atualmente
Recentemente, o Dream Theater finalizou a turnê Dreamsonic. O giro percorreu a América do Norte, tendo Devin Townsend e Animals as Leaders como atrações convidadas.
Em outubro último, foi anunciado que Mike Portnoy retornou à banda. O baterista e membro fundador da banda estava fora desde 2010 — sua vaga havia sido ocupada por Mike Mangini, que agora, obviamente, deixa o grupo.
O novo álbum de estúdio do grupo deve ser gravado durante o próximo ano. “A View from the Top of the World”, o mais recente, saiu em 2021. O trabalho chegou ao top 10 em 9 paradas entre Europa e Ásia. Também rendeu o primeiro Grammy da carreira do quinto, com a faixa “The Alien” faturando na categoria Melhor Performance de Metal em 2022.
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