Quando um artista se afasta de sua banda, seja temporariamente ou em definitivo, acaba se abrindo uma janela para explorar novidades. Pensando nisso, a Metal Hammer selecionou 10 álbuns solo essenciais de figuras destacadas no universo metálico.
Todas as escolhas recaíram sobre trabalhos de vocalistas. Alguns haviam tirado um tempo de seus trabalhos principais. Outros estavam partindo em uma aventura individual após a consagração coletiva.
Confira os eleitos, contando com comentários da redação da revista britânica.
Ozzy Osbourne – Blizzard Of Ozz (1980): Não poderíamos deixar de mencionar Ozzy Osbourne. O cantor do Black Sabbath se tornou uma celebridade multimídia por direito próprio, com um reality show e podcast em seu currículo. E foi sua carreira solo, que começou com “Blizzard Of Ozz”, que lançou esse impulso em direção à celebridade. Contratar Randy Rhoads provou ser a maior jogada de Ozzy: suas masterclasses neoclássicas em “Crazy Train” e “Mr Crowley” fizeram desta estreia um clássico instantâneo.
Dio – Holy Diver (1983): De um cantor do Black Sabbath para outro. O ex-vocalista do Rainbow, Ronnie James Dio, substituiu Ozzy pelos Brummies de 1979 a 1982 (depois novamente nos anos 90), e após sua primeira saída lançou seu primeiro álbum solo, “Holy Diver”. Apresentava tudo o que os fãs de longa data amavam no trabalho do maestro, desde as letras fantásticas de Rainbow até os riffs pesados do Sabbath. A faixa-título e “Rainbow In The Dark” desde então se tornaram sucessos do heavy metal que abrangem gerações.
Bruce Dickinson – The Chemical Wedding (1998): O trabalho solo de Bruce Dickinson nunca foi tão falado quanto seu material do Iron Maiden – ou pelo menos não até que o Air Raid Siren anunciou seu retorno com “The Mandrake Project” para 2024. Algumas das músicas lançadas sob seu nome são reconhecidamente irregulares, mas em “Chemical Wedding” ele redescobriu a pompa de seus então antigos dias. Enquanto isso, o colaborador Roy Z trouxe uma infinidade de riffs pesados para a briga.
King Diamond – Abigail (1987): “Abigail” foi quando King Diamond se tornou rei. Onde a estreia solo do monarca dinamarquês, “Fatal Portrait”, parecia uma espécie de repetição do Mercyful Fate, esta continuação introduziu muitas de suas assinaturas solo agora essenciais: a coescrita do guitarrista Andy LaRocque, um conceito lírico gótico e gritos de “Abigaaaaaaaaaail!” Foi o primeiro álbum de King e da Roadrunner Records a chegar às paradas dos EUA, afirmando seu lugar entre a realeza da música metal.
Rob Zombie – Hellbilly Deluxe (1998): Rob Zombie sozinho surpreendeu muita gente. Olhando de fora, sua banda White Zombie estava avançando pela cena do metal, seu último álbum “Astro-Creep: 2000” invadindo o top 10 dos EUA. Mas a vida com aqueles músicos era ruim, então Rob quebrou a hierarquia e dobrou tudo o que as pessoas amavam em sua agora ex-roupa no processo. “Hellbilly Deluxe” era exagerado, pesado e cativante, preparando o cão do terror para o resto da vida.
Halford – Resurrection (2000): O pobre Rob Halford, durante sua ausência do Judas Priest entre 1992 e 2003, não conseguiu segurar uma banda. Fight, 2wo e Halford vieram e partiram sem muito alarde durante esse tempo, mas o primeiro álbum do cantor com seu sobrenome é realmente f*da. “Resurrection” ainda apresenta um confronto de titãs em “The One You Love to Hate”, onde Bruce Dickinson empresta sua voz inconfundível.
Devin Townsend – Ziltoid The Omniscient (2007): Devin Townsend já era um polímata inescapável em 2007, lançando álbuns entre seu trabalho solo e o Strapping Young Lad. “Ziltoid” se tornou sua declaração por excelência. Excêntrico, melódico e descaradamente hilariante, continua a ser uma das obras mais queridas de Dev (e do prog metal).
Myles Kennedy – Year Of The Tiger (2018): Durante anos, enquanto liderava o cada vez mais progressivo e pesado Alter Bridge, pipocavam rumores de um álbum solo de Myles Kennedy. Finalmente se materializou em 2018 e, apesar de ter se voltado para o folk acústico, foi ótimo. “Year Of The Tiger” continua sendo um raro exemplo de lançamento solo por definição, pois contém novas ideias e uma narrativa profundamente pessoal que nenhum projeto colaborativo teria deixado Myles escrever.
Greg Puciato – Mirrorcell (2022): Depois que o Dillinger Escape Plan foi dissolvido em 2017, a primeira tentativa do cantor Greg Puciato de seguir carreira solo foi… boa. “Child Soldier: Creator Of God” de 2020 estava repleto de grandes ideias. Porém, com 64 minutos, era muito longo e desmiolado. “Mirrorcell”, por outro lado, parecia firme e determinado, soando denso enquanto ainda exibia os vários modos da voz distinta de Greg. Dedos cruzados, mais material solo como esse está por vir.
Ihsahn – Eremita (2012): O lugar de Ihsahn no panteão do metal progressivo já era merecido há muito tempo em 2012. Os dias do black metal do norueguês no Emperor já haviam passado e ele estava começando a ser notado por direito como um compositor técnico e verdadeiramente ilimitado. O quarto álbum solo, “Eremita”, resumiu todos os seus talentos em 52 minutos, ostentando melodias deliciosas (“Arrival”) e uma visão expansiva (“The Grave”). Depois disso, não havia desculpa para duvidar das capacidades de Ihsahn em abranger gêneros.
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Não acho que Dio seja solo, encaro como uma banda com nome do vocal, da mesma forma de Dokken, Winger, Bon Jovi e outros. Ter o nome de um cara, ainda mais sobrenome, não faz da banda um disco solo. Entendo como solo quando o cara poe o nome completo dele como sendo a banda, Don Dokken, Kip Winger, Jon Bon Jovi, para ficar nos exemplos acima mencionados. Ozzy é solo, da mesma forma que King Diamond e Bruce Dickinson. Nem Halford seria banda solo, visto que o ele lançaria sob Rob Halford um disco solo, na minha opinião. São bandas que levam o sobrenome do cara famoso. Vince Neil, Mick Mars, ASAP, Michael Kiske, Doro, entro outros são solo.