Ritchie Blackmore é um dos guitarristas mais influentes da história. Sua versatilidade foi capaz de mexer com as emoções tanto do aspirante que se sentiu realizado ao aprender o riff de “Smoke on the Water” quanto de quem buscava os lados mais complexos e virtuosos das seis cordas.
Porém, ele também teve suas inspirações primordiais. Algumas foram reveladas em fevereiro de 1997, durante entrevista à revista Metal Edge.
“Comecei com pessoas como Duane Eddy, Buddy Holly e Scotty Moore, que tocou com Elvis Presley. Também teve Chris Gallup, que participou da banda de Gene Vincent. Depois procurei Django Reinhardt, um cigano da França que era muito rápido. Jimmy Bright e Stevie West, Wes Montgomery, mas por um curto período, não sou fã de jazz. Ainda teve caras do blues, como Shuggie Otis.”
Porém, com o tempo novas preferências foram sendo adicionadas.
“Hoje eu gosto de alguns músicos eletroacústicos, como Adrian Legg e Gordon Giltrap, além de músicos de blues na linha de Coco Montoya e Jeff Healey. Acho que houve um período em que todo mundo estava preocupado com a velocidade, subindo e descendo escalas, fazendo licks do Van Halen. Não fiquei muito impressionado com isso. Eddie Van Halen é um ótimo guitarrista, mas não gosto de todos os clones dele.”
Sobre Ritchie Blackmore
Nascido em Somerset, Inglaterra, Richard Hugh Blackmore começou sua carreira de músico profissional participando de sessões com o produtor Joe Meek, além de tocar ao vivo com o The Outlaws e Screaming Lord Sutch. Gravou com nomes como Glenda Collins, Heinz e Neil Christian.
Convidado pelo baterista Chris Curtis, se juntou ao Deep Purple em 1968. Acabou se tornando um dos grandes responsáveis pelo sucesso do grupo, criando momentos memoráveis da história do rock em seus riffs e solos. Saiu em 1975, retornando em 1984 e ficando até 1993.
Ainda na metade dos anos 1970, formou o Rainbow. A proposta inicial era fundir o hard rock com influências clássicas, adotando uma pegada mais comercial com o passar dos anos. Entre idas e vindas, o grupo retornou na década passada e segue fazendo shows esporádicos.
Desde 1997, comanda o Blackmore’s Night ao lado da esposa, Candice. O projeto condensa música renascentista e folk rock.
Genial e genioso, coleciona desavenças e sopapos com colegas de banda, incluindo os vocalistas Ian Gillan e David Coverdale. Recluso, não costuma comparecer a eventos, como a cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame 2016, quando foi induzido com o Deep Purple.
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