O primeiro single da carreira do Black Sabbath foi a versão para “Evil Woman”, da banda americana Crow. A distância das gravações foi menor de um semestre, com a original saindo em agosto de 1969 e o cover em janeiro de 1970 – um mês antes do debut do quarteto de Birmingham.
O Melody Maker, jornal britânico que foi o veículo mais antigo sobre música, tendo sido publicado pela primeira vez em 1926, pediu a Roger Waters que resenhasse o compacto. O então líder do Pink Floyd não teve as palavras mais elogiosas a oferecer.
Conforme transcrição do Far Out Magazine, ele escreveu:
“Bem, bem, bem… estou sem palavras – bem, quase. A música tem aquele tipo de Dragnet, Peter Gunn, como a abertura de uma série de detetives americanos. Você fica pensando que vai começar. Você pensa isso no primeiro minuto, mas depois, se for realmente perspicaz, percebe que não vai mudar, e isso é tudo que existe.”
A resenha não causou maiores danos, com o Black Sabbath alcançando sucesso logo na sequência. Mesmo assim, Tony Iommi admitiu ressentimento.
Em 2017, confundindo o objeto do review, o guitarrista disse:
“Eu costumava ler as críticas que recebíamos e só pensava ‘Por quê?’. Houve um momento que doeu muito e que não veio da imprensa. Veio de Roger Waters, do Pink Floyd. Ele resenhou ‘Paranoid’ quando foi lançado como single para um jornal musical. Fez uma crítica tão terrível que reagi ‘Caramba!’ Ouvir isso de um colega músico pareceu muito duro.”
Black Sabbath e Pink Floyd
Black Sabbath e Pink Floyd tiveram existências paralelas e bem-sucedidas nos anos 1970. Embora nunca tenham realmente compartilhado experiências, as duas bandas se tornaram instituições do rock britânico.
Atualmente, nenhuma das duas existe em tempo integral. De tempos em tempos, seus integrantes se reúnem para alguma parceria ou reaparecem na mídia disparando farpas uns contra os outros.
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Black Sabbath é banda muito mais legal que Pink Floyd, que tem algumas músicas boas.