O AC/DC virá ao Brasil para quatro shows no próximo mês de setembro. A informação é de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo (via Whiplash).
De acordo com Jardim, serão realizadas duas apresentações no estádio do Morumbi, em São Paulo, e outras duas no Rock in Rio. O grupo tem história com o festival carioca, pois foi atração da edição 1985 do evento.
A vinda da banda ao Brasil já havia sido abordada em publicação pelo jornalista José Norberto Flesch. À época, foi dito que o grupo estaria no país entre setembro e outubro. Nenhuma das informações foi confirmada oficialmente até o momento.
Ao todo, o AC/DC veio ao Brasil em apenas três ocasiões. A primeira, conforme já citado, se deu no Rock in Rio 1985. A segunda ocorreu como parte da turnê “Ballbreaker”, se deu em outubro de 1996 com apresentações em São Paulo e Curitiba. Já a terceira foi em meio à tour “Black Ice”, em data única, na capital paulista, em novembro de 2009.
Rumores de turnê
O AC/DC não anunciou oficialmente qualquer atividade após sua volta aos palcos no festival americano Power Trip, em outubro último. No entanto, os rumores de uma turnê para 2024 têm obtido cada vez mais força.
Dieter Reiter, prefeito da cidade alemã de Munique, levou a situação a outro estágio ao dizer que há um show da banda agendado no Olympiastadion (Estádio Olímpico) para o dia 12 de junho. A declaração foi dada a Mathias Flasskamp, repórter do Bayerischer Rundfunk (via Blabbermouth).
“Eu não sabia que era para ser segredo”, afirmou Reiter após ter sido avisado de que ele inadvertidamente vazou a informação durante uma reunião do conselho municipal.
Cliff Williams fora?
Caso confirmados, os shows não devem contar com o baixista Cliff Williams. O músico havia se retirado em 2016, devido a problemas de saúde não especificados à época. Retornou para as gravações do álbum “Power Up” (2020) e participou da apresentação da banda no festival Power Trip, ano passado.
A informação foi divulgada pelo comediante Dean Delray, um grande fã do grupo que faz covers de músicas dos australianos em seus espetáculos com uma banda tributo. Ele possui linha direta junto aos membros, já os tendo entrevistado no passado.
Em seu Instagram, Dean escreveu:
“Ok, ontem à noite ouvi de uma fonte muito confiável que o AC/DC estará em turnê com um novo baixista este ano. Não vou dizer quem é, vou deixar o AC/DC fazer esse anúncio, mas vou dizer o seguinte: há 3 anos eu tinha Cliff Williams no meu podcast e ele disse diretamente que não faria turnês novamente e fiquei surpreso que os fãs não pareciam perceber isso. Eu só quero aproveitar este momento para agradecer ao Cliff por arrasar no baixo por mais de 40 anos.”
A declaração mencionada foi concedida ao podcast “Let There Be Talk” em outubro de 2020. Cliff disse:
“Falei com Angus [Young, guitarrista do AC/DC] sobre isso inicialmente. Eu estava em um ponto – e isso é no início da turnê ‘Rock Or Bust’ – que eu simplesmente senti, por mim, que era hora de parar. Sabia que não queria continuar fazendo essas turnês de dois anos e não queria impedi-los. Então os avisei do fato de que essa seria minha última. Foi uma turnê difícil de terminar. Deus abençoe Axl Rose por vir e nos ajudar a finalizar. Ele fez um ótimo trabalho. E no final disso, eu estava definitivamente decidido.”
AC/DC volta aos palcos
O show que marcou o retorno do AC/DC aos palcos se deu no último dia 7 de outubro. A apresentação concluiu o segundo dos três dias de Power Trip, festival que também contou com Judas Priest (no mesmo dia), Guns N’ Roses, Iron Maiden, Metallica e Tool.
Também foi o primeiro show do grupo com Brian Johnson desde fevereiro de 2016. O vocalista foi afastado dos compromissos seguintes da turnê “Rock or Bust” em função de problemas auditivos. Axl Rose (Guns N’ Roses) ocupou sua vaga nas datas restantes do giro.
Além de Johnson, o AC/DC contou com Angus e Stevie Young nas guitarras, Cliff Williams no baixo e Matt Laug na bateria. O último citado substituiu Phil Rudd, afastado por razões ainda não reveladas. O músico também esteve fora de toda a turnê “Rock or Bust” enquanto resolvia problemas judiciais — à época, Chris Slade assumiu as baquetas.
O grupo australiano executou um repertório de 24 músicas. Entre elas, havia duas do “Power Up” (2020), seu álbum mais recente — “Demon Fire” e “Shot in the Dark” —, além de resgates como “Riff Raff”, “Stiff Upper Lip” e “Dog Eat Dog”, ausentes dos setlists há algum tempo. Foi ainda a primeira vez em que eles abriram um concerto com “If You Want Blood (You’ve Got It)”.
O Judas Priest abriu a noite, aproveitando a ocasião para anunciar um novo álbum: “Invincible Shield”, que será lançado em 8 de março de 2024. Eles substituíram Ozzy Osbourne, impedido de se apresentar por problemas de saúde.
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