Em 1973 Glenn Hughes foi chamado a integrar o Deep Purple. O então frontman do Trapeze assumiu o baixo e formou um duo vocal memorável com David Coverdale.
A decisão não parecia das mais difíceis, considerando que a banda inglesa era uma das maiores do mundo e no ano anterior havia lançado o álbum “Machine Head”, maior sucesso comercial da carreira. Porém, acabou implicando em frear o crescimento do Trapeze, que havia entrado pela primeira vez na parada americana com seu disco “You Are the Music… We’re Just the Band”.
Apesar de todo o êxito alcançado no novo trabalho, Hughes não escondeu o arrependimento em entrevista de 2021 à Guitar World.
“Nunca devia ter saído do Trapeze. Foi um tormento na minha vida, embora necessário. Mas o certo seria ter ficado. Sempre tive dificuldade para me desligar de pessoas e situações.”
O sentimento não envolve apenas as relações artísticas, mas também o envolvimento com drogas pesadas desencadeado pela fama, situação que comandou a vida de Glenn nas décadas seguintes.
“Talvez eu nunca tivesse me envolvido com as piores substâncias. Até aquele momento, o máximo que fazia era beber. Quando a cocaína surgiu, em 1971, não tive interesse. Provavelmente nem a conheceria se tivesse ficado em Cannock (cidade inglesa onde o Trapeze foi formado) a vida inteira.”
Glenn Hughes e Trapeze
Sóbrio desde 23 de novembro de 1997, de acordo com suas próprias palavras, Glenn Hughes segue em carreira solo, além de atualmente integrar o Black Country Communion.
O Trapeze teve outras formações, mas nunca alcançou o sucesso. Posteriormente, o baterista Dave Holland integrou o Judas Priest em seu auge de popularidade, enquanto o guitarrista Mel Galley participou do Whitesnake. Ambos já faleceram.
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