Em 2015 o Iron Maiden lançou o primeiro álbum duplo de inéditas de sua carreira, “The Book of Souls”. A proposta foi considerada ousada mesmo para os padrões de uma banda que estava cada vez mais enveredada pelos caminhos progressivos. Ainda assim era um risco, tendo em conta a maneira cada vez mais efêmera de se consumir música.
O baixista e líder Steve Harris entende que a aposta se pagou com sobras. Em depoimento retrospectivo resgatado pela revista Classic Rock, o chefão do sexteto registrou sua satisfação com a empreitada.
Ele disse:
“Sabíamos que este, mais do que qualquer outro álbum, seria longo. Parece que não escrevemos mais músicas curtas. Eu não sei por quê. A faixa-título é uma grande música.”
Bruce Dickinson e “Empire of the Clouds”
Porém, o grande destaque vai para a composição que encerra o disco. De autoria do vocalista Bruce Dickinson, a faixa é a mais longa de toda a carreira do grupo, com 18 minutos de duração.
“E então Bruce trouxe ‘Empire of the Clouds’. Só quando começamos a gravar é que percebemos: Cristo, isso é ridiculamente longo! Para mim, é quase como uma peça do West End. Eu disse a Bruce que acho que é uma obra-prima. Ele pode ter pensado que eu o estava enganando, mas eu gostaria de ter escrito isso e não posso elogiar melhor alguém.”
Iron Maiden e “The Book of Souls”
16º trabalho de inéditas do Iron Maiden, “The Book of Souls” é o mais longo da discografia, com 92 minutos de duração. Chegou ao topo das paradas de 24 países, incluindo Brasil, onde ganhou disco de platina.
A proposta de um trabalho duplo com material inédito deu tão certo que foi repetida no posterior, “Senjutsu” (2021).
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Ué, mas o Fear of the Dark não tinha sido o primeiro álbum duplo de inéditas na carreira do Iron?