A insatisfação de um artista com seus primeiros trabalhos não é exatamente uma raridade. São vários os casos de quem não se sente confortável com o que fez no início da carreira em comparação ao que veio mais tarde. O que não chega a ser um problema, convenhamos. Pior seria olhar para trás e constatar uma regressão de qualidade.
O primeiro álbum do Iron Maiden não foge dessa regra não-declarada. Em compilação elaborada pela revista Classic Rock, o baixista e líder da banda, Steve Harris, não escondeu sua opinião depreciativa para com alguns aspectos muito específicos da obra.
De qualquer modo, ele começou elogiando.
“Está tudo lá – músicas poderosas, muita atitude e, como cantor, Paul Di’Anno tinha um verdadeiro carisma.”
Porém, a situação muda de figura quando chega a hora de apreciar alguns detalhes técnicos.
“Mas todo mundo sabe que não fiquei feliz com a produção. O álbum não mostrava o fogo e a raiva que tínhamos ao tocar. Costumávamos rir do produtor (Will Malone) sentado, com os pés em cima da mesa, fumando um grande charuto e lendo Country Life – porque ele não fazia mais nada. Então, no final, nós simplesmente o ignorávamos. Ainda era um bom álbum, mas não soava tão feroz como quando tocamos o material ao vivo.”
Sobre o álbum de estreia do Iron Maiden
Lançado em 14 de abril de 1980, o trabalho homônimo da Donzela de Ferro foi o único disco a contar com o guitarrista Dennis Stratton na formação. Ele sairia na sequência, cedendo espaço para Adrian Smith.
A versão original norte-americana contava com uma música a mais, “Sanctuary”, lançada no Reino Unido como single. Reedições mundiais posteriores incluíram a faixa.
“Charlotte The Harlot” é a única composição de toda a carreira da banda assinada exclusivamente pelo guitarrista Dave Murray. Ela dá início a uma saga que se estenderia por outras três canções em trabalhos posteriores.
“Iron Maiden”, o álbum, chegou ao 4º lugar na parada do Reino Unido, onde ganhou disco de platina. A banda fez uma turnê europeia como atração de abertura do Kiss.
Shows no Brasil
O Iron Maiden virá ao Brasil novamente no fim deste ano. Com a segunda parte da “Future Past World Tour”, a banda tocará em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 6 e 7 de dezembro.
As datas na capital paulista são as duas únicas no país até agora. Segundo a produtora Move Concerts, o evento do dia 7 será o último do grupo em território nacional em 2024. O Volbeat fica responsável pela abertura.
O giro conta com repertório focado nos álbuns “Somewhere in Time” (1986) e “Senjutsu” (2021). Em 2023, a série de apresentações passou por 30 países europeus, além de 4 datas na América do Norte (3 no Canadá, 1 nos Estados Unidos, durante o festival Power Trip).
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Gosto muito do Primeiro Álbum do Iron Maiden é algo que não tenho como explicar mas quando estou ouvindo trás uma boa energia.