Talvez muitas pessoas olhem para a dramática capa do primeiro álbum do Led Zeppelin, lançado no dia 12 de janeiro de 1969 (nos Estados Unidos, em terras britânicas sairia apenas no final de março, em data que diverge entre 28 e 31) e não saibam que ela é o registro de um desastre que realmente aconteceu.
Em 6 de maio de 1937, o LZ 129 Hindenburg, que havia saído de Frankfurt, na Alemanha, se preparava para aterrissar na Estação Aérea-Naval de Lakehurst, New Jersey, Estados Unidos. Enquanto descia, o veículo começou a pegar fogo.
Ao todo, 97 pessoas se encontravam no dirigível, sendo 36 passageiros e 61 integrantes da equipe. 35 morreram (13 passageiros e 22 profissionais), além de um trabalhador que se preparava para receber a todos no solo. O zepelim é, até hoje, a maior nave a ter levantado voo.
A tragédia foi registrada em vídeo e fotos, mas especialmente em áudio, pelo radialista Herbert Morrison, da estação de rádio WLS, de Chicago. O locutor estava em Nova Jersey para gravar o momento e exibir no dia seguinte em sua emissora.
O desespero está estampado em sua voz. Mesmo assim, ele conseguiu levar em frente a cobertura, como se tudo estivesse sendo transmitido ao vivo. Acompanhe:
“Oh, a humanidade!”
A sentença “Oh, the humanity!” (“Oh, a humanidade!”, em português) proferida por Herbert em meio a sua comoção acabou se tornando marcante. A frase foi reutilizada posteriormente de modo satírico em produções como “Friends”, “The Simpsons”, “Wayne’s World” e “South Park”, entre vários outros.
A investigação sobre a causa da explosão foi inconclusiva. Várias hipóteses foram levantadas, mas o que ficou de concreto da tragédia foi o fim das viagens com grande número de pessoas em veículos do tipo.
Para o rock, a imagem do ocorrido tornou-se referencial, ainda mais por estar diretamente ligada à estreia de uma das maiores bandas de todos os tempos.
“Led Zeppelin”, o álbum
“Led Zeppelin”, o álbum, vendeu mais de 10 milhões de cópias apenas à época do lançamento. Chegou ao Top 10 nos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Gravado no final de 1968, conta com material próprio e novos arranjos para clássicos do Blues e do Folk.
As sessões em estúdio totalizaram 36 horas e foram produzidas por Jimmy Page, guitarrista e idealizador do grupo. A única participação externa foi do músico queniano Viram Jasani, que gravou a tabla em “Black Mountain Side”.
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