Em fevereiro de 2021, a atriz Evan Rachel Wood acusou publicamente o ex-noivo Marilyn Manson de abuso sexual. Diante da divulgação do caso, várias mulheres fizeram depoimentos similares.
Por isso, em março do ano seguinte, o cantor processou a alegada vítima por difamação e outros motivos. Parte das queixas foram indeferidas em maio último.
Agora, ficou decidido que o artista pagará uma fortuna para a antiga companheira por custas processuais. Segundo informações da Rolling Stone, Manson, cujo nome legal é Brian Warner, deverá desembolsar cerca de US$ 327 mil (aproximadamente R$ 1,6 milhão na cotação atual) para cobrir as despesas advocatícias que a atriz teve ao se defender na Justiça.
A decisão foi tomada por Teresa Beaudet, juíza de Los Angeles, Estados Unidos. Inicialmente, o valor pedido era de US$ 388 mil, mas a autoridade — concordando com os advogados do cantor — entendeu que certas descrições dos serviços prestados eram um tanto quanto “vagas”, diminuindo a quantia.
Além de difamação, Manson havia denunciado Wood por imposição intencional de sofrimento emocional. Ainda declarou que a antiga companheira cometeu fraude digital e falsificação de identidade pela internet e que “recrutou, coordenou e pressionou” mulheres a realizarem testemunhos falsos a respeito de sua pessoa.
No ano passado, a mesma juíza decidiu que, com base nas imagens e mensagens apresentadas, não era possível sustentar tais argumentos. Também considerou os comentários de Wood a respeito do cantor nas redes sociais como “atividade protegida”. Sendo assim, parte das alegações acabaram rejeitadas.
Mas, conforme a Rolling Stone, Wood e a artista Illma Gore seguem enfrentando a acusação de que ajudaram a invadir o computador de Manson, se passando por ele e, então, dando pretextos para a polícia procurá-lo. O julgamento está marcado para 1º de maio.
As acusações de Marilyn Manson
Como mencionado, em fevereiro de 2021, Evan Rachel Wood alegou em um post de redes sociais que o Marilyn Manson a abusou por anos. Em seguida, várias outras mulheres publicaram suas próprias acusações contra o artista. Elas disseram ter sofrido “agressão sexual, abuso psicológico e/ou várias formas de coerção, violência e intimidação”.
No início do ano passado, a modelo Ashley Morgan Smithline abandonou as acusações que havia feito contra Manson. Ela havia denunciado o músico por violência sexual, cárcere privado e envolvimento com tráfico humano. Foi a segunda a recorrer ao subterfúgio, após a ex-assistente do cantor, Ashley Walters.
Em manifestação oficial repercutida pelo Page Six, Morgan declarou ter sido manipulada por Wood. Assim, concordou em espalhar publicamente acusações de violência.
“Eu sucumbi à pressão de Evan Rachel Wood e seus associados para fazer acusações de estupro e agressão contra o Sr. Warner que não eram verdadeiras. Comecei a acreditar que o que me disseram que repetidamente aconteceu com a Sra. Wood e outras também tinha acontecido comigo.”
Um representante de Wood publicou comunicado negando o fato.
“Evan nunca pressionou ou manipulou Ashley. Ela contatou Evan primeiro, falando sobre o abuso que havia sofrido. É lamentável que o assédio e as ameaças que Ashley recebeu pareçam tê-la pressionado a mudar seu testemunho.”
Até o momento, em alguns casos, acordos foram feitos e acusações foram retiradas, mas o problema está longe de terminar. A carreira de Manson está praticamente parada desde que as acusações começaram e ele perdeu contratos importantes, tanto na indústria da música como no entretenimento geral.
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